Servidores do Hospital João XXIII paralisam atividades em defesa da reabertura do HMAL
Na batalha pelo não fechamento do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), servidores do Hospital João XXIII fizeram paralisação de 12 horas nesta terça-feira (22/04). O movimento paredista iniciou com um protesto na porta do pronto socorro para alertar a população sobre a ofensiva do governo Zema para entregar o HMAL à iniciativa privada. O Hospital João XXIII recebeu os pacientes que a gestão da Fhemig retirou do Amélia Lins e, com a derrubada da liminar que impunha o funcionamento da unidade, o HJXXIII voltou a ficar sobrecarregado. A paralisação teve adesão de 70% dos trabalhadores e o atendimento acontece em escala mínima até as 19 horas. Todos as cirurgias de emergência serão atendidas.
No período da tarde, um grupo de trabalhadores irá se reunir com parlamentares na Assembleia Legislativa (ALMG). A mobilização para a reabertura do HMAL tem ganhado adesão de diversos seguimentos e movimentos sociais. O Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde/MG) comunicou o governo no dia 15 de abril sobre a paralisação. “A decisão foi tomada em razão das péssimas condições de trabalho a que esses profissionais vêm sendo submetidos nos últimos tempos, agravadas pelo fechamento do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL)”, diz um trecho do ofício.
No dia 07 de abril o Tribunal de Justiça (TJMG) concedeu liminar impondo ao governo a reabertura do Maria Amélia Lins, mas o governo recorreu contra decisão. Apesar disso, o funcionamento do HMAL e derrubada do processo de concessão do prédio e doação dos equipamentos estão judicializados. Além da ação no TJMG, a entrega do Maria Amélia Lins à iniciativa privada está barrada no Tirbunal de Contas do Estado (TCE).
Devido ao movimento dos trabalhadores e usuários, atualmente 11 pacientes já retornaram ao HMAL.
Durante o protesto, servidores mostraram que estão com disposição para manter e intensificar a mobilização em defesa do Hospital público.