Governo e sindicatos discutem teletrabalho em Minas Gerais

O Movimento Teletrabalho MG, que reúne entidades sindicais, incluindo o Sind-Saúde/MG, voltou a reunir com representantes do governo de Minas Gerais para defender a modalidade no serviço público estadual. A reunião aconteceu no dia 13 de janeiro (segunda) na Cidade Administrativa. Os sindicalistas destacaram os resultados positivos do teletrabalho, o aumento significativo da produtividade e a economia aos cofres públicos do Estado de Minas Gerais. A reunião foi feita com a presença da Secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, da Assessora-Chefe de Relações Sindicais do Estado, Helga Beatriz, e da Chefe de Gabinete, Sílvia Caroline Listgarten Dias.

Representando os servidores estavam presentes a diretora do Sind-Saúde/MG Núbia Dias, o diretor do Sindpúblicos Hudson Eduardo Bispo, a presidente do Sind-UTE Denise Romano, o presidente do Sindsema Wallace Alves, o presidente do Sinfazfisco-MG Marcelo Delão, , a liderança do Movimento Teletrabalho MG Lucimara Ribeiro Pereira, e o diretor do Sindesp Thiago Ribeiro.
Os representantes do Movimento alertaram que o teletrabalho contribui para a redução das licenças médicas entre os servidores, refletindo uma melhor qualidade de vida, o que resulta em menos afastamentos por questões de saúde. Foi mencionado, ainda, que diversas unidades enfrentam graves problemas estruturais e possuem uma infraestrutura defasada, o que dificulta o trabalho presencial, impactando negativamente na qualidade do atendimento e no cumprimento de metas. A falta de condições adequadas de trabalho, como espaços inadequados, equipamentos obsoletos e problemas de manutenção, compromete significativamente o desempenho dos servidores.

No mais, demonstraram, com números, como o teletrabalho tem se mostrado extremamente vantajoso para toda a população, com benefícios comprovados, como a redução de custos operacionais, a melhoria na mobilidade urbana e a diminuição do impacto ambiental, contribuindo diretamente para a sustentabilidade.

A secretária Luísa Barreto ouviu todas as colocações feitas pelos(as) sindicalistas e, por sua vez, afirmou que o governo de Minas não tem a intenção de extinguir a modalidade de teletrabalho. Ainda explicou que a decisão de aumentar o período presencial para três dias foi tomada com o objetivo de promover uma maior integração entre as equipes. No entanto, a justificativa foi questionada, uma vez que os sindicatos não foram consultados sobre a mudança. Nesse ponto, os(as) representantes do movimento solicitaram que, daqui para frente, sejam ouvidos nas discussões sobre o futuro da modalidade, pois conhecem a realidade do trabalho dos servidores. A secretária, mais uma vez, garantiu que não tem a intenção de acabar com o teletrabalho e se comprometeu a considerar a opinião dos sindicatos nas futuras decisões.

Sobre os próximos passos, Luísa Barreto explicou que o governo monitorará os resultados da mudança para três dias presenciais e o novo formato será testado durante um período de adaptação, a fim de avaliar os impactos e a viabilidade da mudança.

O Movimento Teletrabalho MG continuará acompanhando atentamente as decisões para garantir que as necessidades dos servidores sejam sempre consideradas nas discussões sobre o futuro do teletrabalho em Minas Gerais.

Com informações do Sindpúblicos