OSs na Fhemig: trabalhadores do HCM e IRS denunciam sucateamento para justificar entrega da gestão
Sucateamento, fechamento de leitos e precarização do trabalho. Essa é a cartilha do governo Zema para entregar os hospitais da Fhemig para as Organizações Sociais (OSs) ou Serviço Social Autônomo (SSA). Ações que escancaram essa estratégia foram relatadas por trabalhadores do Hospital Cristiano Machado (HCM) e do Instituto Raul Soares (IRS). O primeiro está com processo de transferência em aberto e o segundo está na lista da Fhemig para repassar a gestão à iniciativa privada. A direção do Sind-Saúde e o departamento jurídico da entidade estiveram reunidos com trabalhadores do HCM e do IRS para conversar sobre os riscos e impactos desse modelo de gestão. Nas duas assembleias os servidores aproveitaram para relatar outras demandas e problemas enfrentados no dia a dia das unidades. As assembleias ocorreram nos dias 10 de outubro (HCM) e 21 de outubro (IRS).
Os advogados do Sindicato esclareceram como está a luta jurídica contra a implementação das OSs. Atualmente o assunto é tema de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) – Acesse o link aqui
O processo de seleção de OSs no HCM se arrasta há mais de dois anos. O atual edital é a quarta tentativa da Fhemig de transferir a gestão e está com prazo prorrogado. O Sind-Saúde reforça que em vários lugares do Brasil que implementaram esse modelo de gestão estão voltando atrás por uma série de fatores, dentre eles falta de transparência, dificuldade de fiscalização, corrupção, aumento do custo e desassistência de serviços e atendimentos.
Já no Raul Soares, os trabalhadores relataram que as chefias já iniciaram reuniões com os trabalhadores para apresentar a versão do governo para implementar as OSs. Eles disseram ainda que apenas no mês de outubro 30 leitos foram fechados. O que os servidores afirmam é que para a gestão a abertura de edital para transferir a gerência hospitalar deve acontecer até março de 2025.
Assédio Moral e corte de direitos
Os trabalhadores do IRS denunciaram práticas de assédio moral na unidade e a retirada do adicional de urgência de parte dos trabalhadores. O Sindicato irá discutir sobre o corte do adicional de urgência com a DIGEPE e denunciar os casos de assédio nos órgãos competentes.