Unimontes mantém greve

Proposta do governo estica parcelas de pagamento da gratificação e servidores decidem continuar movimento grevista

11 assembleia unimontes greve

Em greve desde 02 de maio, os servidores da Unimontes vinculados à saúde recusaram a proposta do governo e decidiram continuar em greve. A proposta do governo havia sido apresentada em reunião com representantes da categoria na última terça-feira (10), mas não mencionava data certa para implementar o acordo e prevê fim das parcelas com prazo de um ano (veja abaixo a integra do documento). Assim, os compromissos do governo poderiam até não ocorrer, caso existisse justificativa na Lei de Responsabilidade Fiscal. A falta de clareza da proposta fez com que os servidores, reunidos em Assembleia na tarde desta quarta-feira (11), decidissem pela continuidade do movimento unificado com a educação.

Os servidores em greve exigem a incorporação da Gratificação Complementar (GC), assim como ocorre com os trabalhadores da saúde e negado aos lotados na Unimontes. O governo reconhece o erro no não pagamento do direito, mas planeja parcelar a partir de setembro, se houver permissão do limite de responsabilidade fiscal.

Com impacto pequeno, considerando o número restrito de trabalhadores nessa situação, os servidores avaliam a decisão do governo como má vontade. A greve se mantém forte e unificada com o movimento grevista dos professores e estudantes que buscam melhorias para a Unimontes e UEMG.

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Truculência

Durante esse período de greve, com manifestações e luta por melhorias na estrutura da Universidade, casos lamentáveis de perseguição aos grevistas estão ocorrendo. O Sind-Saúde repudia veementemente as ameaças e prisões que mancham a atitude democrática esperada por um espaço acadêmico. A Polícia Militar, chamada por um professor juiz de Direito, prendeu dois estudantes  dentro campus da Unimontes. A situação foi relata pelos membros do Diretório Central dos Estudantes (DCE) durante a reunião com o secretário, com a presença do reitor. Foi questionada a posição da reitoria e cobrada uma abertura de sindicância para apurar abuso de poder.   

Veja a proposta do governo rejeitada pela categoria: 

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