SOS Funed
Servidores da Fundação Ezequiel Dias ocupam ALMG até que governo negocie
Mais um pedido de socorro, até que os servidores da Funed sejam ouvidos. Foi com esse objetivo que os trabalhadores decidiram comparecer à Assembleia Legislativa, lotar o auditório da Comissão de Saúde da Casa e exigir espaço para denunciar o descaso com a Fundação, com os trabalhadores e a absoluta omissão diante da greve da categoria. A informação era de que o novo secretário da saúde, Sávio Souza Cruz, estive presente na Comissão. Mesmo sem o comparecimento do secretário, os parlamentares incluíram o assunto na pauta do dia e os servidores da Funed fizeram o relato de como está a situação da Funed e a postura do governo neste 24 dias de movimento grevista. Ao final, os servidores ocuparam a ALMG e devem ficar até que o governo resolva negociar.
Durante a reunião da comissão, os trabalhadores acusaram a má-gestão da fundação que impede a evolução da produção de medicamentos e pesquisa em saúde. Para os servidores, a inércia administrativa pode inclusive ser proposital para que a Funed não concorra com a indústria farmacêutica. O funcionalismo mostrou preocupação com o desmonte da Fundação que tem mais de 100 anos. Segundo eles, a alta terceirização, a demolição e fechamento de fábricas levam um risco de acabar com a Funed. Hoje a Fundação não consegue fabricar vacinas como a de gripe, HINI, zika e dengue.
Fotos: ALMG
Após as denúncias e ocupação, foi agendada uma reunião com representantes da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) na manhã dessa quinta (18) às 11h30 na Cidade Administrativa. Os servidores reafirmam que uma comissão participará da reunião enquanto o maior número de grevistas irão permanecer na ALMG. Na parte da tarde, deverá ocorrer uma reunião com o presidente da Assembleia, Adalcleves Lopes, para mediar a negociação. Adalcleves esteve reunido com o governador Pimentel nesta quarta.
Sem diálogo
O presidente da Funed informou na manhã desta quarta que o governo desautorizou qualquer negociação em relação às reivindicações dos servidores. O movimento grevista busca acordo sobre a redução da jornada sem prejuízo dos salários e melhorias no plano de carreiras. Propostas alternativas já foram apresentadas pelos trabalhadores, mas que até o momento não foram levadas em consideração pela gestão.
