Sind-Saúde se reúne com gestão de pessoas da Fhemig

Na manhã da última terça-feira, foi realizada mais uma reunião da Mesa específica de negociação da Fhemig.

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Essa terça, 12/04, foi dia de debater pautas específicas da realidade dos trabalhadores(as) da Fhemig. Representantes do Sind-Saúde e da Digep (Diretoria de Gestão de Pessoas da Fhemig) se reuniram para tratar de pautas novas e pendentes.

Remanejamento: esse tem sido um problema frequente nas unidades da Fhemig. O Sind-Saúde denuncia que a forma como a gestão impõem as trocas de setores impactam diretamente o trabalhador. Um exemplo é o Hospital Alberto Cavalcanti, que submeteu alguns funcionários a um remanejamento sem nenhum tipo de diálogo, prejudicando, inclusive, a atuação profissional desses trabalhadores(as).  Esse caso já está sendo debatido na Mesa Estadual de Negociação Permanente do SUS. Foi relatado que em Patos de Minas os servidores(as) também estão enfrentando uma política de remanejamento sem critério e diálogo. No Hospital João XXIII, já há informação de que setores inteiros serão remanejados. O Sind-Saúde afirma que essa prática é recorrente, ligada a outros problemas, como falta de pessoal e desvio de função. Também denuncia que o remanejamento sem formação continuada dos profissionais é um risco ao atendimento, pois muitas vezes os trabalhadores mudam de setor sem capacitação para tal. Foi colocado pelo sindicato que no Galba Veloso houve um plesbicito em que os trabalhadores(as) votaram pelo remanejamento interno. A diretora do Sind-Saúde, Neuza Freitas, componente do Fórum Nacional de Enfermagem e Fórum Mineiro da Enfermagem alerta quanto à questão de remanejamento, pois essa é uma discussão de âmbito nacional e há diferença entre remanejamento e dimensionamento de pessoal.

Processo seletivo: Outro grave problema vivido pelos servidores da Fhemig é o defasado quadro de funcionários. Tantos trabalhadores que estão de licença, se aposentam ou são exonerados e não tem a substituição imediata. O Sind-Saúde alerta que a situação é grave e que é dever do estado repor o quadro de funcionários nas unidades. Fazendo isso, inclusive, será possível implementar as 30 horas sem custos extras. A reivindicação é que a Fhemig faça imediatamente a contratação do último processo seletivo realizado, que até hoje apresenta suas limitações. Só no Hospital Cristiano Machado, eram necessários 14 técnicos de enfermagem, o processo seletivo abriu vagas para 7 e atualmente apenas 2 estão trabalhando (sendo que uma delas ainda não recebeu salário). A Digep assumiu que o processo de contratação é demorado, devido à lei de responsabilidade fiscal, mas que a demanda apresentada desde outubro do ano passado será reposta.

Medicina do Trabalho: Mais uma vez foi cobrada da Digep uma atitude com relação à perícia médica. Já são vários relatos de trabalhadores que sofrem assédio e são obrigados a voltar para o trabalho, mesmo sem condições. O Sind-Saúde afirmou que se a Fhemig não tomar providências, o caso será levado à Comissão de Direitos Humanos.

Plantão estratégico: Digep se comprometeu a encaminhar documento que normatiza o pagamento do plantão estratégico com a parcela do Giefs que pertence ao estado e não aos 30% que são de direito dos servidores(as).

Abono de ponto: Sind-Saúde cobrou uma posição referente ao abono de ponto para atividades sindicais. A Digep apresentou um documento que estabelece que a elaboração de uma resolução para tratar os critérios do abono. O tema será debatido na Mesa Estadual de Negociação do SUS.

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O Sind-Saúde mais uma vez criticou a demora nos encaminhamentos da gestão e solicitou a Digep mais agilidade para atender demandas que são imprescindíveis para o trabalhador e, consequentemente, para o sistema de saúde.