Saúde de Betim paralisa nesta quinta-feira (7)

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Na data em que se comemora o Dia Mundial da Saúde, os trabalhadores de Betim marcaram uma paralisação das atividades no período da manhã para manifestarem no Centro Administrativo. Por unanimidade a proposta de paralisar as atividades de 9 às 12 horas foi aprovada sob o argumento de que a prefeitura não respeita os espaços de negociação. Deverão aderir ao movimento todas as unidades de saúde.

Os trabalhadores da saúde no município aguentaram o incômodo do forte sol e reuniram-se em frente ao Hospital Regional de Betim para avaliar a postura do governo e aprovar a paralisação. O diretor do Sind-Saúde, Reginaldo Tomaz enfatizou que este momento é crucial para os trabalhadores garantirem seus direitos e mostrarem a sua luta. Lembrou ainda que o próximo ano terá eleições municipais e a legislação exige uma série de limitações para conceder reajustes e benefícios.

O presidente do Sinfarmig Rilke Novato afirmou que é preciso manter todas as reivindicações, econômicas e de condições de trabalho. Para ele, a prefeitura precisa garantir os avanços na negociação que não aconteceram no ano passado.

Também presente na assemleia, a coordenadora do SindUte, Beatriz Cerqueira, informou os andamentos do movimento da educação que está em greve e chamou todo o funcionalismo para continuar juntos nas reivindicações que podem ser comuns. Beatriz afirmou que o argumento de crise em Betim não condiz com a receita municipal em evolução nos últimos anos.

Projeto parado na Câmara

A proposta de reajuste salarial de 2% rejeitada pelos trabalhadores chegou à Câmara Municipal para entrar na pauta nesta terça-feira (5/4). Segundo Reginaldo Tomaz, os sindicalistas e as categorias do funcionalismo foram ao legislativo para tentar convencer os parlamentares a apoiar os trabalhadores. “Levamos 40 minutos para sensibilizar os vereadores que não era possível votar um projeto que não levasse em conta a negociação com a parte interessada que são os trabalhadores”.

O projeto não foi colocado na pauta, mas se a prefeitura não retirar a proposta, os vereadores poderão votá-lo na próxima terça-feira.

Assista ao trecho da assembleia com a fala do diretor do Sind-Saúde, Reginaldo Tómaz