Reunião no Alberto Cavalcanti

Trabalhadores reúnem com diretor do Hospital para discutir as relações com a equipe de enfermagem 

Lucia fala vista geral da mesa

Dentro de 30 dias, a direção do Hospital Alberto Cavalcanti deverá apresentar solução para o problema da falta de diálogo entre a gestão e os servidores. Proposta ficou acertada em reunião entre os trabalhadores e o diretor do Hospital, Cláudio Antônio de Souza, realizada hoje (20/04), quarta-feira. Encontro que contou com a presença do Sind-Saúde e do secretário da Mesa Estadual Permanente de Negociação do SUS, Roges Gonçalves.

Os servidores questionaram a falta de dialogo com a equipe e o remanejamento dos trabalhadores de forma unilateral. As equipes clínica e cirúrgica simplesmente foram informadas que havia a ‘determinação’ de mudarem de setor. Projetos proposto por equipes de enfermeiros visando melhor assistência dos pacientes foram interrompidos. Tudo isso foi denunciado pela equipe de enfermeiros e pelo técnico na reunião.

Grupo trabalhadores 2 melhor

O diretor Cláudio Antônio, ex-gerente assistencial do Alberto Cavalcanti, disse que as mudanças visam aumentar a produtividade dos serviços e otimizar os serviços prestados no hospital. O médico disse ainda que: “há uma busca para otimizar vagas não utilizadas na Fhemig” e que isso não estaria restrito ao Alberto Cavalcanti.  

A diretora do Sind-Saúde, Lúcia Barcelos, argumentou que a gestão está colocando em prática um “choque de produção” na saúde e que o Sindicato não concorda com isso. “Não nos preocupa a produção, mas a qualidade da assistência”, disse a diretora.        

O secretário da Mesa SUS acrescentou que a política de saúde está sendo conduzida em Minas Gerais pela mão da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplag) e não pela Secretaria de Estado de Saúde. Dessa situação decorre, conforme Roges Gonçalves, a gestão com “mão de ferro” dentro dos hospitais da rede Fhemig.

trabalhadores fica

Ele sugeriu que, já que o diretor do Hospital havia se mostrado aberto ao diálogo na reunião, estava criada a possibilidade para a formação de uma mesa setorial de negociação permanente do SUS no Alberto Cavalcanti. “Assim, se uma negociação não se resolver na mesa setorial, ela pode ser encaminhada para a Mesa Estadual”, ponderou.

O diretor do Hospital ouviu a sugestão do secretário da Mesa SUS e disse que vai incluir os trabalhadores no Colegiado do hospital – mesmo admitindo que o espaço ainda está sendo testado – “os colegiados são incipientes”, disse. Os servidores presentes na reunião concordaram com a sugestão embora sinalizando que houve quebra de confiança na relação entre trabalhadores e gestão que ainda precisa ser restabelecida. 

Lucia observa seria o diretor falar mesa geral