Perfil da Enfermagem no Brasil

Lançamento de estudo inédito que traça o perfil da enfermagem no Brasil acontece na ALMG

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Um estudo encomendado pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) foi apresentado nessa terça-feira (11/08) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A pesquisa Perfil da Enfermagem no Brasil é o mais amplo levantamento sobre uma categoria profissional já realizado na América Latina, pois abrange todos os estados brasileiros e aproximadamente 50% dos municípios do país. Aqui em Minas, o estudo recebeu o apoio do Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren/MG).

O Sind-Saúde esteve presente no evento em apoio aos trabalhadores da área da saúde em Minas Gerais. A diretora do sindicato, Neuza Freitas, parabenizou a iniciativa da pesquisa e falou das más condições de trabalho que a categoria da saúde está submetida, ressaltando baixos salários, jornada excessiva, falta de infraestrutura e desgaste pela falta de profissionais.

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A pesquisa foi realizada com o objetivo de determinar a realidade dos profissionais e subsidiar a construção de políticas públicas para a categoria. “Este diagnóstico detalhado da situação da enfermagem brasileira é um passo necessário para a transformação da realidade”, afirma o presidente do Cofen, Manoel Neri.

Os resultados da pesquisa, que abrangem tanto setor público, quanto privado, filantrópico e de ensino, mostram que em Minas Gerais 54,7% da equipe de enfermagem se encontra no setor público. Além disso, 74,8% da equipe de enfermagem declara desgaste, sendo esse o maior índice de desgaste do Sudeste e bem acima da média nacional, que foi de 64,2%. Isso significa os trabalhadores da saúde do estado estão submetidos a condições de trabalho ainda piores do que em outros estados.

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Com relação a renda mensal, constatou-se que 0,8% dos profissionais na equipe recebem menos de um salário mínimo por mês. Um elevado percentual, de 21,8%, está em condições de subsalário, recebendo até R$1000. Mesmo com uma renda tão baixa, 64,9% dos trabalhadores da enfermagem tem apenas um trabalho.

A apresentação desse diagnóstico na Assembleia Legislativa serve como uma maneira de mostrar aos parlamentares a importância de melhorias para essa categoria. Os trabalhadores exigem a redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais sem a redução salarial, além da construção do plano de carreiras. O estudo mostra a urgência dessas demandas para que os profissionais da saúde possam realizar seu trabalho com mais qualidade. 

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