Mais um jornal de circulação nacional mostra que o governo de Minas é o maior culpado pela “crise” do Estado

Depois dos jornais Folha de S.Paulo e Valor Econômico, chegou a vez de O Estado de S. Paulo, no primeiro dia do ano, desmascarar as mentiras do governo de Minas e revelar que a suposta crise financeira pela qual passa o Estado tem como principal origem não a crise econômica mundial, mas o modelo de gestão do próprio governo do Estado, em especial o que o jornal chama de “farra eleitoral” de 2010.

A reportagem, assinada por Marcelo Portela e intitulada “Em Minas, Anastasia paga fatura eleitoral de 2010”, reforça o que o Sind-Saúde já havia ressaltado na ocasião das leis delegadas: grande parcela de culpa dos problemas de caixa do governo de Minas está na “liberação de recursos e criação de cargos para acomodar aliados dos 12 partidos arregimentados para apoiar a reeleição do governador Antonio Anastasia (PSDB) e a eleição do ex-governador, o também tucano Aécio Neves, a uma vaga no Senado”.  Com o autoritário instrumento das leis delegadas – em que o Executivo editou centenas de leis sem precisar consultar o Legislativo sobre o teor de cada uma delas – o governador criou mais de 1300 cargos comissionados logo no início de seu mandato.

Como sempre, quem paga o pato são os trabalhadores e a população: para conter os gastos, o governo estadual já demitiu servidores da Cidade Administrativa, deixou para 2012 (e em duas parcelas) o pagamento do prêmio de produtividade relativo ao exercício de 2010, aprovou lei que causará anos de arrocho salarial e, conforme diz a matéria do Estadão, “determinou até redução do consumo de copos plásticos e o fim do contracheque de papel do funcionalismo”.

A administração Anastasia também alega falta de recursos e não paga nem mesmo benefícios trabalhistas (como vale-transporte, vale-alimentação e adicionais de insalubridade, noturno e de urgência e emergência) para milhares de servidores públicos que têm direito, além de desrespeitar progressões e promoções por escolaridade e tempo de serviço.

Outras reportagens
Em novembro a Folha de S.Paulo mostrou para todo o Brasil que o governo de Minas paga para os professores o pior piso salarial do país. Em dezembro, no dia 22, foi a vez do Jornal Valor Econômico colocar em xeque o choque de gestão, vinculando a crise financeira do Estado à farra do choque de gestão.

Clique no título das matérias para ler a parte delas que foi publicada na internet:

Folha (26/11/11): “Estados não cumprem lei do piso nacional para professor” 

Valor (22/12/11): “Dívida coloca em xeque legado do choque de gestão em Minas

Estadão(01/01/12): “Em Minas, Anastasia paga fatura eleitoral de 2010