Começa segunda semana de greve




Servidores da saúde, em greve desde o dia 28, começaram a segunda semana de greve mostrando que a mobilização continua e continuará até que o governador abra as negociações. O primeiro local de concentração na manhã desta segunda-feira (04) foi em frente à Maternidade Odete Valadares. De lá, os grevistas seguiram em passeata, fechando a Avenida do Contorno e depois a Avenida Augusto de Lima, até a Escola de Saúde Pública. Em ambas as unidades existem vários servidores que estão em greve e participando dos atos.

Diretores do Sind-Saúde reforçaram diversas vezes que somente com manifestação, organização e pressão que o governo irá apresentar uma proposta concreta. Desse modo, os atos devem continuar a crescer, para que cada vez mais servidores entrem em greve e cada vez mais pessoas se inteirem da deplorável situação do serviço público de saúde em Minas Gerais.

Odete Valadares em péssimas condições

Assim como outras unidades da Fhemig, a Maternidade Odete Valadares também passa por várias dificuldades, o que compromete a qualidade do atendimento à população. “Aparelhos e equipamentos estão em péssimas condições, há muita exploração da escassa mão-de-obra, muito assédio moral e muita pressão”, denunciou o técnico em patologia, Warley Medina. Outros servidores disseram que o tomógrafo está quebrado e no laboratório há vários equipamentos sucateados e vencidos. “Os exames têm que ser feitos mais vezes e os resultados demoram muito a ficar prontos”, disse uma servidora.

Escola de Saúde Pública também está em greve

Vários servidores da Escola de Saúde Pública estão participando do movimento e, durante a concentração no local, muitos saíram do trabalho e participaram do ato. “Sabemos da importância da Escola como centro formador de recursos humanos para o SUS e sabemos também das dificuldades que os servidores daqui estão passando”, ressaltou Renato Barros, diretor do Sind-Saúde.

O movimento continua

A greve continua nas unidades hospitalares e prosseguirá até que o governo sinalize alguma proposta concreta. Nesta terça-feira, 05 de julho, o ato será no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a partir das 10 horas. A intenção é cobrar que os deputados intermedeiem junto ao Executivo para que as negociações sejam abertas. Os 23 deputados da oposição, que compõem o bloco Minas Sem Censura, prometem que não votarão nenhum projeto até que os grevistas sejam recebidos pelo governo.

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