Com risco de colapso na saúde em Minas, Sindicato defende endurecimento das medidas restritivas e cobra avanço da vacinação em massa

O sistema estadual de saúde em Minas Gerais está em uma situação de “quase colapso” com o elevado patamar de transmissão da COVID-19 e sem apresentar sinal de queda. Em Belo Horizonte, o nível de ocupação das UTIs está próximo a 80%, situação parecida a várias cidades mineiras. Os números atuais são os piores registrados desde o início da pandemia. Diante da grave situação, o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde/MG) pede urgentemente que medidas sejam tomadas para que hospitais não vivam catástrofe nas próximas semanas.

O Sind-Saúde se posiciona favorável a medidas de lockdown na capital mineira e em cidades que estão na fase vermelha da COVID-19. Sem as restrições, especialistas em saúde pública já alertam para o aumento recorde de mortes diárias. Em entrevista à BBC, a pneumologista Margareth Dalcolmo, professora e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), alerta que sem ações para conter a disseminação do vírus, o país terá o “mês de março mais triste de nossas vidas”.

Não é justo que trabalhadores da saúde passem pelo dilema de escolher quem vive e quem morre. A falta de leitos vagos e o aumento dos casos de internação por COVID-19 levará o caos nas unidades hospitalares.

Além da restrição total urgente nas localidades com ocupação de leitos acima de 80%, o Sind-Saúde conclama para que as autoridades políticas concentrem todos os esforços para vacinação da população. A soma de negacionismo, negligência e uma política genocida está drasticamente no comando do país justamente quando enfrentamos a pior crise sanitária do planeta.