Assédio Moral

 

Assédio moral é tema de seminário promovido pela Ouvidoria Geral do Estado

 

Na última sexta-feira (31/03), o auditório da Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG) recebeu o “Seminário de Conscientização, Prevenção e Combate as Práticas de Assédio Moral no âmbito da Administração Direta e Indireta dos Poderes do Estado”.

Promovido pela Ouvidoria Geral do Estado (OGE), o evento contou com a participação de sindicatos, entre eles o Sind-Saúde, órgãos públicos e trabalhadores. Na programação, os palestrantes buscaram contextualizar e planejar estratégias para combater o assédio moral que os trabalhadores do SUS de Minas Gerais estão sofrendo em seus locais de trabalho.

As denúncias no Sind-Saúde são frequentes de servidores da saúde que estão sofrendo abusos e degradação no ambiente de trabalho. Os trabalhadores são coagidos a fazer atividades que não fazem parte de sua função. Há também controle de horário de almoço e até mesmo das idas ao banheiro. Além disso, a avaliação de desempenho está sendo usada como forma de punição pelas chefias.

A Ouvidora de Saúde, Conceição Resende, explicou que o assédio é enraizado e deve ser combatido. “Temos uma relação de um Estado extremamente autoritário, tivemos mais ditaduras que regimes democráticos no Brasil, temos uma família com raízes autoritárias e, por isso, o autoritarismo também está enraizado no ambiente de trabalho, e ele se traduz em ações de assédio entre as pessoas”.

A ouvidoria precisa ser reconhecida pelos trabalhadores como um canal de denúncia para os abusos. Durante o evento, Conceição explicou que a Ouvidoria do SUS será sistêmica, já que atualmente não há um protocolo e as denúncias se perdem no meio do caminho. Ouvidores selecionados a partir de critérios avaliados pela ouvidoria-geral estão sendo designados para ouvidorias em locais de trabalhos do SUS. Para o Sind-Saúde, entretanto, esses servidores deveriam ser escolhidos através de votação.