7° Congresso debate as conjunturas internacional, nacional e estadual

Congresso debate a conjuntura atual e os desafios para o novo governo do país

 

 

 

 

 

Começou o 7° Congresso Sind-Saúde/MG nesta quinta feira (9/12). O debate, pela manhã, foi sobre a Conjuntura política Internacional e Nacional. A exposição da temática foi feita por Marco Antônio de Jesus, Presidente da CUT/MG, e pelas lideranças políticas Conceição A. Pereira Resende, SMS / Betim e Rogério Correia, Secretário de Movimentos Populares do PT.

Diante da realidade imposta pela política Neoliberal, da lógica do lucro que prioriza interesses privados deixando de lado o investimento na área social, as lideranças criticaram este modelo e reforçaram a necessidade do apoio da sociedade em projetos políticos voltados para o social “No inicio da crise em 2008 o movimento dos trabalhadores foi muito importante para lutar pela manutenção dos direitos, já que naquele momento os governantes queriam retirar direitos” ressaltou Marcos Antônio. 

Para Conceição Resende o Brasil não sofreu tanto com a ferocidade da crise devido à política de governo do então Presidente Lula, que vem tentando enfrentar o neoliberalismo colocando em prática projetos direcionados as camadas da população mais pobre. A Secretária Municipal de Saúde de Betim apresentou um dado que serve como indicador de crescimento econômico para o país “Cerca de 20 milhões das pessoas saíram da situação de miséria, de não ter o que comer e onde morar, isto representa quase 10% da população brasileira”.

Os palestrantes enfatizaram que mesmo com tantos avanços no campo social ainda existem muitos desafios a serem superados. “Dilma recebe o Brasil em uma situação muito melhor do que quando Lula o recebeu há oito anos” completou Rogério Correa e ele argumentou “O momento para Dilma não será fácil, pois, a direita vai tentar bombardear os planos e a mídia que está a favor deste projeto anti-social não vai dar espaço para o novo governo, por isso a importância de se fazer debates como este em todas as esferas da sociedade”.

Ao fim da exposição dos palestrantes o espaço foi aberto ao debate. Muitos trabalhadores reforçaram o que foi dito pelos componentes da mesa e também engrossaram a discussão citando as PPP’s, que estariam chegando “devagarzinho” em Minas. A colocação faz referencia ao projeto neoliberal que ausenta o estado de seu papel uma vez que repassa para as empresas privadas esse tipo de responsabilidade.

 

Congresso põe em xeque os mitos do governo Aécio/Anastasia

Na parte da tarde desse primeiro dia de Congresso, a coordenadora da mesa Marília Reis Raidan convocou à mesa para debater a conjuntura estadual o presidente do Sindifisco-MG, Lindolfo Fernandes de Castro e a coordenadora do SindUTE/MG, Beatriz Cerqueira. O tom das apresentações foi de crítica ao modelo de estado empreendido pelo governo de Minas Gerais, que apesar de construir uma imagem de eficiência dos serviços públicos, não investe nas áreas sociais e deixa os servidores com baixos salários e sem direitos.

O primeiro convidado a se apresentar, Lindolfo Fernandes, utilizou a revista publicada pelo Sindifisco-MG, intitulada “A verdade sobre o ‘choque de gestão’ em Minas Gerais”, para ressaltar o descompromisso do governo Aécio/Anastasia com os servidores e os serviços públicos de Minas Gerais. A revista, distribuída para todos os presentes no Congresso, destrincha as contas públicas oficiais do Estado, mostrando que a alta arrecadação do governo não se traduz em investimentos na saúde, segurança, educação e demais áreas sociais.  Segundo Lindolfo, a razão de ser do estado que o funcionalismo defende é um estado de bem estar social e não um “estado de resultados”, um “estado que dá lucros”. “Se a receita cresce, teria que crescer na mesma proporção o investimento nas áreas sociais, o que na prática não ocorreu: de 2002 a 2009, os investimentos na saúde e na educação reduziram”, denunciou Lindolfo.

Beatriz Cerqueira, coordenadora do SindUTE/MG, começou sua fala ressaltando a importância desse tipo de Congresso e do engajamento de entidades sindicais e sociais na resistência ao projeto neoliberal do governo Anastasia.Tal projeto, segundo Beatriz, representa retrocesso para os trabalhadores e para a prestação de serviços públicos. Representa uma imprensa cooptada, que não tem compromisso com a verdade. Representa arrocho salarial e perda de direitos.  “O governo de Minas Gerais não é um governo para todos os mineiros. É um governo que construiu um mito de eficiência dos serviços públicos, um mito que não tem correspondência na realidade”, afirmou Beatriz. Ela também ressaltou a falta de autonomia dos poderes Legislativo e Judiciário de Minas Gerais, que aceitam todas as excrescências do Poder Executivo. A eminente aprovação das leis delegadas, que darão um “cheque em branco” para o governador alterar a estrutura administrativa do Estado, é um exemplo de como o Executivo está passando por cima dos outros poderes fundamentais à democracia.

Após a fala dos componentes da mesa, iniciou-se o debate, que recebeu contribuição de vários delegados. Foi reforçada a crítica dos palestrantes sobre um Estado que arrecada muito, propagandeia muito, mas investe pouco nas questões sociais fundamentais. Interventores também ressaltaram a crítica de Beatriz Cerqueira com relação à negligência da Coordenação Intersindical, que não se posiciona nas greves e negociada acriticamente com o governo.

 

 

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Confira abaixo a programação:

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