30 anos da CUT

Central é homenageada na Assembleia pelos seus 30 anos

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Foto: Marcelo Metzker/ALMG

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) homenageou, por meio de Reunião Especial, na noite de quinta-feira (29/8/13), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) pelos seus 30 anos de fundação. A solenidade, que aconteceu no Plenário, atendeu a requerimento do deputado Rogério Correia (PT).
Em seu discurso, o parlamentar fez um histórico da criação da CUT. Segundo ele, o ano de 1983, quando a central foi fundada, era um período de efervescência política, em que o Regime Militar ainda comandava o Pais. Neste contexto, Rogério Correia destacou a entrada dos trabalhadores na cena política, na época, por meio das greves gerais, que culminaram com o fim dos chamados anos de chumbo.

“Tivemos momentos de alegria, mas também de tristeza na década de 80, em especial com a derrota de Lula para Fernando Collor, que enfraqueceu o movimento sindical no Brasil”, recordou. Apesar do episódio, Rogério Correia salientou que, mesmo diante do momento desfavorável, a CUT resistiu e, hoje, após muita luta, vê um Brasil melhor, a partir dos mandatos do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff.

Futuro – Ao final, o deputado traçou os desafios da central para os próximos anos. “Temos que fazer da CUT a central única do futuro, para que a nova classe trabalhadora não pare naquilo que conquistamos e, com isso, aprofunde nas melhorias para a sociedade”, disse. “É preciso sonhar e construir o socialismo no Brasil”, concluiu.

Lutas do passado e do presente são exaltadas

A presidente da CUT Minas Gerais, Beatriz da Silva Cerqueira, também recordou as lutas e conquistas da central. Em sua participação, ela destacou que a escolha da Assembleia para a comemoração se deu pelo simbolismo do Parlamento para a luta da classe trabalhadora. “Aqui é um espaço de disputa e debate, portanto queremos contar a nossa história diante esse tapete vermelho”, disse.

Em seu discurso, Beatriz agradeceu os diversos movimentos sociais e de trabalhadores, lembrando que o atual momento sindical precisa da multiplicidade de ideias. “Minas Gerais ainda é um Estado que marginaliza os movimentos sociais. As manifestações de junho foram duramente reprimidas, com mortes de jovens, que foram para as ruas pedir democraticamente um Pais mais melhor e mais justo”, lamentou. As lutas contra a terceirização das relações de trabalho e por tarifas de energia mais baixas também foram reforçadas pela presidente da CUT.

Reconhecimento – O deputado Paulo Lamac (PT), que representou o presidente da ALMG, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), afirmou que a CUT defende interesses da classe trabalhadora e escreveu, com sua fundação, um novo capítulo da história do movimento sindical. De acordo com ele, a central foi fundamental para o processo de redemocratização e enfraquecimento do Regime Militar. “A trajetória de luta da CUT consolida a democracia participativa no Brasil”, definiu.
História – A Central Única dos Trabalhadores foi fundada em 28 de agosto de 1983, em São Bernardo do Campo (SP), durante o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora. Naquele momento, mais de 5 mil homens e mulheres, vindos de todas as regiões do País. A CUT é uma organização sindical cujo compromisso é a defesa dos interesses da classe trabalhadora.

Baseada em princípios de igualdade e solidariedade, seus objetivos são organizar, representar sindicalmente e dirigir a luta dos trabalhadores da cidade e do campo, do setor público e privado, ativos e inativos, por melhores condições de vida e de trabalho e por uma sociedade justa e democrática.

Presente em todos os ramos de atividade econômica do País, a CUT se consolida como a maior central sindical do Brasil, com 3.806 entidades filiadas, 7.847.077 trabalhadores associados e 23.981.044 trabalhadoras na base.

Fonte: ALMG