Trabalhadores do SAMU preparam jornada de lutas em todas as regiões de Minas

Os trabalhadores e trabalhadoras do SAMU organizam uma segunda etapa do movimento reivindicatório para aumentar a pressão por reajuste salarial e mostrar a força da mobilização nas próximas semanas. Em reunião virtual realizada na noite da segunda-feira (07/07) com adesão expressiva da categoria e ampliação do movimento com os profissionais da enfermagem e da regulação, foi decidido que em todas as macrorregiões serão feitas manifestações pelo cumprimento da pauta de reivindicações dos trabalhadores do SAMU.

O Sind-Saúde reforça a necessidade do movimento para mudar a realidade dos condutores-socorristas do SAMU, dos profissionais da enfermagem e da regulação que tem uma média salarial de R$1.700,00. No caso da enfermagem, os trabalhadores reivindicam o piso salarial que não é repassado pelo governo Zema. Com o piso retido no Estado, muitos técnicos de enfermagem e enfermeiros estão com 60 dias de atraso no valor devido. Por esta mesma questão, em 2023 alguns técnicos que ficaram quase todo o ano sem receber a complementação. Já os condutores-socorristas, que também lutam por salários dignos, tem na pauta de reivindicações a regulamentação da profissão como trabalhadores da saúde.

Em reunião, a categoria enfatizou também o compromisso com a sociedade e a prioridade de não causar desassistência. Os trabalhadores aguardam as negociações com o governo federal e clamam pelo retorno do governo do Estado que não se manifestou em nenhum momento.

Segundo a diretora do Sind-Saúde/MG, o Ministério da Saúde afirmou que dará um retorno sobre os pontos que dizem respeito a pasta. Apesar do reajuste de 30% no repasse ter sido realizado pelo governo federal em 2023, o governo de Minas Gerais retirou 30% e o impacto foi praticamente nulo para os consórcios do SAMU. A diretora do Sind-Saúde/MG também se reuniu com os gestores dos consórcios a fim de buscar uma solução para as demandas dos trabalhadores.