Secretários têm autonomia para definir funcionamento de teletrabalho, diz Seplag

A secretária de planejamento e gestão de Minas Gerais Silvia Caroline Listagarten afirmou nesta quarta-feira (30/04) que as secretarias do Estado têm autonomia gerencial para definir a modalidade do teletrabalho de acordo com a realidade de cada pasta. A informação foi dada em reunião com entidades que compõem o Movimento de Teletrabalho em Minas, realizada na Cidade Administrativa (CAMG). A secretária disse que a Seplag apresentou uma diretriz para uma escala 3×2, mas que a modalidade pode ser ampliada em uma Resolução Conjunta com cada secretaria.

O Movimento pelo Teletrabalho realizou atividades durante todo o dia na sede do governo, entre panfletagem, diálogo com os trabalhadores e manifestação na porta do prédio Gerais. À tarde, a reunião com a gestão estava agendada a fim de dialogar sobre a extensão dos dias em teletrabalho para os setores que possam fazer uso dessa modalidade.

Um documento com os dados detalhados da economia e produtividade extraídos do período em teletrabalho foi entregue à secretária. Para Silva Caroline Listagarten outras secretarias que não acessavam a política do teletrabalho também poderão avaliar a adesão.

A diretora do Sind-Saúde Nubia Dias, e uma das coordenadoras do Movimento pelo Teletrabalho, afirma que a decisão pela modalidade de trabalho não deve ser feita pela vontade do gestor, mas pela eficiência e eficácia que apresenta. Nubia afirmou que o retorno ao trabalho presencial foi feito sem nenhum critério, “como um depósito de gente”. A diretora do Sind-Saúde destacou ainda que muitos servidores mudaram a estrutura de suas casas, o Estado fez um treinamento com o funcionalismo para a nova modalidade e pediu que a gestão apresente um estudo para o trabalho presencial.

Reafirmando a autonomia dos secretários, Silva Listagarten disse ainda que a modalidade de teletrabalho pode estender até a escala 4×1. Listagarten também apontou que o teletrabalho é “possível, viável e eficaz”.

Três pontos ficaram de ser avaliados pela gestão para facilitar a opção pelo teletrabalho: Os casos de Pessoas com Deficiências (PCDs), servidoras lactantes e as situações de emergências climáticas, como acontece em períodos de calor intenso. Gestantes no fim da gestação e servidores próximos da aposentadoria também poderão optar pelo teletrabalho, afirmou a secretária de planejamento.

A dificuldade em adaptar a realidade dos ambientes de trabalho foi levantada pela coordenadora do Sind-UTE, Denise Romano, que solicitou um mapa com levantamento de cada superintendência. “Com o aquecimento global, temos situações grotescas nas estruturas das superintendências, muitas sem climatização, não suportam o calor intenso. É uma questão de saúde pública”, pontuou a sindicalista, que é uma das coordenadoras do Movimento.

Outra reclamação feita durante a reunião é sobre a demora das perícias. Foram apresentados casos de servidores que aguardam há mais de um ano o agendamento de perícia e outro caso que, até com o laudo de encaminhamento para o teletrabalho, o servidor não conseguiu a revisão da modalidade.