Primeira semana de greve tem adesão generalizada
Os trabalhadores aderiram em peso à greve da saúde que se iniciou na última terça-feira (28). Funed, Hemominas e os hospitais Galba Veloso, Maria Amélia Lins, Júlia Kubitschek e João XXIII são algumas das unidades hospitalares que estão funcionando em escala mínima. Apesar de o governo e a imprensa fazerem vista grossa e fingirem que a greve não existe, os trabalhadores estão todos os dias nas ruas mostrando para a sociedade que a saúde está parada esperando uma proposta do governo e que, independente da greve, as unidades estão em péssimas condições para atender a população.
Desde terça os trabalhadores fazem atos nas fundações e hospitais. Nesta sexta, dia 1º de julho, a concentração foi em frente à Funed. Servidores da Fundação e de vários hospitais fizeram apitaço no local e saíram em caminhada até o Hospital Galba Veloso, cujos servidores também participaram. Depois, os grevistas voltaram pela mesma rua e fecharam uma via da Avenida Amazonas e logo depois a outra. O bloqueio no sentido centro-bairro durou cerca de 20 minutos. Com carro de som, bandeiras e panfletos, os trabalhadores informaram à população os principais motivos do movimentos.
Alerta à sociedade e ao governo
A greve é uma luta dos servidores para que o trabalho deles seja reconhecido e valorizado. O movimento serve também para alertar à sociedade e ao governo sobre as péssimas condições das unidades hospitalares de Minas Gerais. Faltam medicamentos, profissionais, leitos, equipamentos. Obras se arrastam por anos, causando constantes transtornos como sujeira e barulho.
Legalidade e legitimidade
O Sindicato cumpriu todas as prerrogativas que são exigidas em casos de greve e os trabalhadores não podem sofrer qualquer tipo de retaliação por parte das chefias. Se houver assédio moral, pressão ou ameaça, o servidor deve encaminhar a denúncia ao Sind-Saúde.
A lei assegura o direito de greve do trabalhador como forma de lutar por melhores salários e condições de trabalho.
A greve continua!
Mais atos serão realizados nos hospitais e nas ruas a partir de segunda-feira, dia 04 de julho. Fique atento ao site do Sind-Saúde, em breve publicaremos o calendário de greve. Enquanto isso, a escala mínima das unidades continuará a ser respeitada.
Vamos manter e reforçar a greve! Cedo ou tarde o governo terá que negociar com os trabalhadores.