Perseguição em Ibirité é denunciada

Práticas antissindicais da prefeitura tem objetivo de enfraquecer trabalhadores(as)

megafone homem

 

Os desmandos da prefeitura de Ibirité e o desrespeito ao direito constitucional de organização sindical dos(as) trabalhadores(as) está sendo denunciado nas instâncias trabalhistas e deverá ser mais uma vez objeto de briga judicial.  No dia 28 de março, o Sind-Saúde Núcleo Regional Betim participou de uma audiência de mediação do Ministério Público do Trabalho, que teve o objetivo de abrir um processo de negociação entre o município e o sindicato. A prefeitura sequer enviou uma representação jurídica oficial do município, demonstrando a falta de interesse em construir um acordo em resposta às denúncias.

O Sind-Saúde expôs que desde a criação de um outro sindicato, no ano de 2013, a Prefeitura se nega a reconhecer a representação do Sind-Saúde, o que tem impactado diretamente a luta pelos direitos das(os) trabalhadores(as). O município se defendeu afirmando que não tem o poder de definir qual dos sindicatos tem o direito à representação e que isso deve ser uma decisão judicial. Mas quando uma das diretoras do Sind-Saúde teve sua liberação sindical cassada, a Prefeitura acatou imediatamente o pedido deste outro Sindicato, sem consultar a legalidade dessa ação. Um dos exemplos que mostra que o município se esconde por trás do discurso da imparcialidade e assume, sim, um lado, que certamente não atende aos interesses dos(as) trabalhadoras(es).

O Sind-Saúde também denunciou que o acordo de greve firmado em 2014 ainda não foi cumprido e que a Prefeitura sequer recebe o Sindicato para se justificar.

A batalha continua

O procurador do trabalho, Helder Santos Amorim, reconheceu a impossibilidade de mediação. Durante a audiência destacou que é direito do trabalhador(a) a sindicalização e a participação em greve e chegou a citar que é recorrente a negação de sindicatos mais combativos.

Diante da posição da Prefeitura, o próprio MPT orientou que o Sind-Saúde dê o processo passo jurídico pelo direito à representação legal.

 

Veja aqui: A ata da audiência pode ser acessada no site do MPT