Pedido de reajuste para o funcionalismo é criticado por governistas na ALMG
Após o líder da oposição na Assembleia Legislativa, deputado Padre João (PT), exigir um reajuste salarial aos servidores do Estado como condição para aprovar a proposta do Executivo que pede empréstimo de R$ 267 milhões à União, o líder do governo na Casa, Mauri Torres (PSDB), afirmou que os recursos solicitados no projeto só poderão ser utilizado em investimentos.
O tucano disse que “todo projeto de empréstimo tem que ter um objetivo claro” e sugeriu que Padre João buscasse uma linha de crédito junto ao governo federal para garantir o reajuste salarial. “Se ele conseguir, com o prestígio que tem com o presidente Lula, repor as perdas da Lei Kandir, aí tudo bem. Porque o governo (federal) falou que ia recompor as perdas, mas não fez nada até agora. Talvez ele consiga”, ironizou o tucano.
Segundo o parlamentar, o objetivo da proposta apresentada pelo Executivo é recompor recursos em áreas de investimento. Mauri, no entanto, não detalhou a destinação da verba. De acordo com o texto em tramitação na Assembleia, o empréstimo “tem por objetivo financiar atividades e projetos do Estado”. “O Estado está cumprindo com suas obrigações, o que estamos buscando é dinheiro para investimentos, para não deixar de fazer obras que estavam previstas”, disse o governista.
Resposta. Padre João rebateu a afirmação do colega dizendo que o governo estadual já retomou sua arrecadação e que o governo federal vem repassando recursos ao Estado. “Se ainda falta arrecadação é porque não houve incentivo a micro e pequenas empresas”. Ele afirmou que os recursos da área social no Estado vêm da União. “Não dá para entender o que o governo (de Minas) faz com a verba que arrecada do ICMS”, disse.
O líder da oposição criticou ainda outro projeto do Executivo em tramitação na Casa – que pede empréstimo de R$ 9 milhões ao BNDES para financiar atividades do projeto “Descomplicar”. “É um valor menor, mas também é empréstimo”, disse. Padre João afirma que a oposição se reunirá na próxima terça-feira para discutir os dois projetos. “Não é porque tem crédito que tem que pegar tudo, chegar ao limite”, alfinetou.
Fonte: O Tempo