PCCS: organização da luta
Plano de carreiras lento e desestimulante tira perspectiva de trabalhador da saúde em Minas Gerais ; revisão do PCCS é pauta da categoria
Na reta final das negociações com o governo antes do período eleitoral, uma das pautas mais discutidas interna e externamente ao Sind-Saúde/MG, traz à luz a importância de se valorizar o(a) profissional da saúde, incentivando o seu aprimoramento funcional e intelectual. Levando-se em conta sempre, cada particularidade que compõe o complexo trabalho do cuidado em diferentes níveis, qual é atribuído ao profissional da saúde. Vale lembrar que a luta do sindicato junto às trabalhadoras e trabalhadores pela elaboração e implantação de um novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) na saúde já data de alguns anos. Através de um resgate histórico, o sindicato convida a entender o que tem sido feito, desde o início, para alcançar o pleito e também a fortalecer a pauta dentro das discussões políticas internas de cada entidade do Sistema Único de Saúde (SUS).
Precisamente, no dia 10 de outubro de 2012, o Sind-Saúde/MG leva para a mesa de discussão com o governo do estado, um documento elaborado a partir de um debate que durou 3 meses, entre gestão e sindicato. O resultado apresentado continha entre outras reivindicações, a diminuição do tempo exigido para a progressão e promoção na saúde. O prazo para promoção vigente hoje é de 5 anos, não se levando em conta o período de estágio probatório. Ou seja, ao ingressar na saúde pública mineira, o profissional terá sua primeira promoção somente após oito anos de serviços prestados. E mesmo durante os anos o(a) trabalhador(a) vê sua evolução na carreira a passos lentos.
O documento que foi entregue ao governo do estado pelo sindicato à época foi disponibilizado para conhecimento dos interessados e hoje, tendo em vista as mudanças que aconteceram na saúde durante os anos da reivindicação, está sendo reformulado internamente. O Sind-Saúde/MG encaminhou ao governo nessa semana um documento com os acúmulos referentes as discussões anteriores para subsidiar os trabalhos. Um dos pontos do último acordo de greve é justamente a revisão do PCCS.
Vale chamar a atenção para o tempo de quase 6 anos, a se completar em outubro deste ano, que o documento de proposta elaborado pelo Sind-Saúde/MG já se encontra nas mãos da Seplag, com insistente cobrança do sindicato de retorno sobre a pauta em reuniões posteriores. Por isso, foi constituído um novo grupo de trabalho para aprimorar as propostas e torná-las mais condizentes com os desejos e anseios da categoria.
Assim, o Sind-Saúde/MG chama a atenção para a importância desta luta como forma de valorização dos profissionais da saúde que, como bem sabem, são submetidos às normas e aos prazos de um plano que não contempla as transformações ocorridas ao longo dos anos e é deficiente em comparação com outros planos de carreiras, na política de valorização do servidor.