Negociações no Julia
Nova direção do HJK recebe trabalhadores da Unidade de Emergência
O diretor do Hospital Júlia Kubitschek, Dr. Fabio Bacchereti, recentemente nomeado para o cargo que dá rumos a um dos mais importantes hospitais da rede FHEMIG, recebeu equipe de trabalhadoras e representantes do Sind-Saúde nesta quinta (20/09) para discutir problemas da Unidade de Emergência. Além do diretor, estiveram presentes Viviane Reis, gestora do departamento de pessoal, Thiago Rocha, gerente administrativo que também foi nomeado recentemente e Mariana Ulhoa, coordenadora de enfermagem da unidade de emergência. A gerência do setor não compareceu por estar fora da unidade em consulta médica. Nesta reunião foram ressaltados problemas na gestão da unidade e a necessidade de atuação para resolução de demandas pontuais, mas que interferem no processo de trabalho.
Um dos problemas que acelerou a necessidade desse encontro foi o registro de questões referentes à falta de equipamentos para o trabalho no Plano de Gestão de Desenvolvimento Individual por competências (PGDI) de uma das trabalhadoras da unidade. Além disso, foram apresentadas as dificuldades com relação a infraestrutura da unidade que, além de dificultar a prestação do cuidado, acaba por não oferecer conforto aos usuários que ficam espalhados em vários locais. Outro ponto ressaltado e de extrema importância diz respeito à dificuldade de diálogo da chefia imediata com os servidores, especialmente porque a diretriz do atual governo é “ouvir para governar” e essa premissa deveria se capilarizar pelos diversos ramos do poder executivo.
Também foi relatado que a realização do PGDI não está de acordo com o Decreto que regulamenta a Avaliação de Desempenho e as notas do setor tiveram queda expressiva para todos os servidores, o que é estranho já que globalmente houve aumento da produtividade do setor a despeito das dificuldades enfrentadas. Uma das trabalhadoras presentes, que é conselheira eleita para representação de trabalhadores no Conselho do HJK, apontou dificuldades em participar das reuniões por não haver liberação em descumprimento à Resolução 453 do CNS. Ela disse ter seus pontos cortados culminando com cortes em seu salário, o que a desmotivou ainda mais. Apesar de melhorias importantes no setor, inclusive ressaltadas pelos trabalhadores presentes na reunião, o setor de emergência – por sua dinâmica – precisa ser pautado constantemente para que um ponto pequeno não se transforme em uma extensa colcha de retalhos podendo prejudicar a assistência ao paciente agudo.
Por isso, o diretor da unidade, assim como os representantes da gestão presentes, comprometeram-se a implementar medidas para resolução dos conflitos e um dos encaminhamentos foi de que haverá reunião entre trabalhadores e gestão uma vez por mês. Assim, não haverá acúmulo de problemas e a resolução ocorrerá em tempo oportuno. O PGDI da trabalhadora será corrigido e a conselheira não terá mais dias cortados, permitindo sua participação nas reuniões ordinárias e extraordinárias do conselho. Quanto aos problemas na gestão da unidade de emergência a direção do hospital irá reportar à gerência e buscar meios de resolução imediata para o bom andamento do setor.