Manifestação contra a PEC 287

Movimentos sindical, sociais e estudantis se unem em manifestação contra a PEC 287

Escrito por: Rogério Hilário

Dirigentes e militantes da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), centrais sindicais, sindicatos, movimentos sociais e estudantis, a Frente Mineira Popular em Defesa da Previdência Social dialogaram novamente, na manhã desta quarta-feira (8), em Belo Horizonte, com a classe trabalhadora e a população mineira sobre os impactos da reforma da Previdência em mais um Ato Político contra a PEC 287. A manifestação, que aconteceu na Praça Sete, foi encerrada com marcha até Superintendência Regional Sudeste II e Gerência Executiva de Belo Horizonte da Previdência Social. O Ato Político fez parte das mobilizações contra a PEC 287 realizadas, nesta quarta-feira, em todo o país.

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A proposta do governo golpista e ilegítimo de Michel Temer, que está no Congresso Nacional, é um grande retrocesso, pois desmonta a Previdência Social e a Seguridade Social, patrimônios do povo brasileiro, inviabiliza a aposentadoria, com o aumento da idade mínima e do tempo de contribuição, entre outras regras, retira direitos e conquistas. Os manifestantes denunciaram que a mídia e o governo federal ao anunciar que há rombo bilionário na Previdência Social, estão enganando o povo, e que a intenção é desviar recursos para pagamento de juros da dívida e outros segmentos, demolir a Seguridade Social e incentivar a Previdência privada. Durante o protesto, também alertaram a população de que a reforma faz parte de pacote de maldades, que ainda inclui a reforma trabalhista e a terceirização se limites, ataques diretos à classe trabalhadora.

“Estamos aqui, mais uma vez, para desmistificar essa falácia. A Previdência não é deficitária. O que querem é encher os bolsos dos banqueiros. Com a reforma, o governo quer prejudicar e perseguir as mulheres, aumentando em dez anos nosso tempo de contribuição, argumentando que estamos vivendo mais. E, se a mulher ficar viúva, mesmo trabalhando todo este tempo, vai ter que escolher se vive com a aposentadoria ou com a pensão. Querem levar as famílias à fome, à miséria. Não respeitam os trabalhadores, muito menos as mulheres. A hora é agora. Temos que resistir, lutar. Não podemos deixar a PEC 287 ser aprovada. Se acontecer isso, vai ser muito difícil mudar novamente a Constituição”, alertou Sandra Margareth Silvestrini de Souza, presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça de Primeira Instância de Minas Gerais (Serjusmig).

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“A proposta não é de reforma, é de destruição da Previdência. Essa história de déficit é falácia do governo e da mídia golpistas. O que existe é um problema de gestão, pois o dinheiro é desviado. A CUT está presente para convocar trabalhadoras e trabalhadores para lutar para barrar essa reforma e outras que tentar nos impor, a seguir, como a reforma trabalhista, que ataca todos os direitos da classe trabalhadora. Estamos juntos e vamos vencer esta batalha e outras lutas”, afirmou Jairo Nogueira Filho, secretário-geral da CUT/MG.

“É importante esclarecer que teremos muitas tarefas pela frente. A primeira é mostrar à classe trabalhadora que isso não é uma reforma, é uma demolição e temos que desmistificar os argumentos falaciosos. O problema não se deve ao servidor, aos trabalhadores, mas às corrupção, à sonegação. Com a sonegação e o não pagamento de ICMS, deixou-se de arrecadar R$ 750 bilhões. Ou seja, todo esse dinheiro sonegado é cinco vezes o rombo anunciado. A Previdência e a Seguridade foram conquistadas pela classe trabalhadora, com ferro e fogo. E com ferro e fogo vão impedir a reforma”, disse Lindolfo Fernandes de Castro, presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual (Sindifisco-MG).

por CUT MG