IV Seminário Saúde Trabalhador e Trabalhadora

Seminário da CISST aborda acidentes de trânsito e custo para vítimas, famílas e SUS 

 

Vista de púbkico e mesa IV Seminário Cisst

 

Sem falar do sofrimento do paciente e das famílias, as internações e mortes envolvendo o trânsito têm forte impacto nos gastos do Sistema Único de Saúde (SUS). Conforme dados do IV Seminário da Comissão Intersetorial da Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, que está sendo realizado na manhã de hoje (04/07), em Belo Horizonte, 3% dos custos de todas as internações realizadas na capital são motivadas por acidentes de trânsito. Os gastos para tratar acidentados no CTI correspondem a mais de 33%.

O encontro desta quinta-feira, na sede do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos de Belo Horizonte (Sindibel) aborda o tema: “A saúde do trabalhador e da trabalhadora do setor de transporte coletivo urbano e seus impactos para a população”. Cerca de 70% das vítimas de trânsito em Belo Horizonte são motociclistas e cerca de 21%, pedestres – maior parte idosos. Alta velocidade, imprudência do pedestre, álcool e outras drogas estão entre as principais causas do problema.

Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mencionados no Seminário mostram que cada vítima grave de acidente de trânsito no país custa 125 mil reais ao SUS. Já a vítima fatal eleva esse valor para 335 mil reais. “Cada vida não tem preço, mas cada vida poupada no trânsito faz o país ficar mais rico”, diz a diretora de promoção da saúde e vigilância epidemiológica da SMS de Belo Horizonte, Lúcia Maria Miana Mattos Paixão.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, as internações em decorrência de acidentes de trânsito vêm caindo a partir de 2011, quando foram registrados 1.793 casos. Em 2017, este número foi de 1.443.