Governo Zema mente para população, “esvazia hospital” e anuncia privatização

O teatro protagonizado pelo governo para esvaziar o Hospital Maria Amélia Lins (HMAL) mudou o roteiro e escancarou a saga apressada de Zema para entregar a gestão da unidade a uma iniciativa privada. Na sexta-feira (10/03), o secretário estadual de saúde Fábio Baccheretti convocou as pressas uma coletiva de imprensa para anunciar a privatização da unidade. Apesar de surpreendidos com a divulgação pela imprensa, servidores se mobilizaram, protestaram na porta da unidade contra a privatização e organizam reação em defesa do SUS público.

Os trabalhadores decidiram que irão acompanhar a próxima reunião no Ministério do Trabalho na quarta-feira (12/03). Há pelo menos um mês, o governo dizia ao Ministério do Trabalho e Ministério Público (MPMG) que reabriria a unidade em março. Desde dezembro, a Fhemig fechou o bloco cirúrgico e iniciou uma ação de esvaziamento da unidade, com retirada dos servidores e usuários.

Os trabalhadores também listaram outras formas de reação, como pautar a Assembleia Legislativa (ALMG) para acompanhar a situação. Já foram contactados os deputados Betão e Dandara para ajudar os servidores e defenderam dos ataques ao SUS em Minas. O departamento jurídico do Sindicato também irá estudar formas de ação, já que o edital apresenta brechas, falhas e falta de transparência com a coisa pública.

O fechamento do HMAL impactou a fila de cirurgias ortopédica no Estado que se tornou um caos e, desde então, trabalhadores denunciaram medidas irresponsáveis da gestão. Além disso, o Hospital João XXIII, referência em atendimento de urgência, está sobrecarregado com cirurgias eletivas e corrompendo a função principal da unidade.