Agentes de Montes Claros fazem grande movimento por valorização da categoria

Atualizado dia 01 de março, às 17h

Depois de três semanas trabalhando propositalmente em “operação tartaruga”, os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE) de Montes Claros paralisaram completamente as atividades nesta terça-feira (28) e fizeram grande manifestação com passeata pelas ruas da cidade até a Prefeitura.

Os trabalhadores demonstraram à população e aos gestores a insatisfação com os péssimos salários e reforçaram as reivindicações por, sobretudo, salário de R$ 750,00 e pelo desconto em folha da contribuição sindical dos filiados.

Após a passeata, diretores estaduais e regionais do Sind-Saúde e da CUT e representantes dos agentes se reuniram com os secretários municipais de Governo e de Saúde, que se comprometeram e enviaram para o Sindicato até quarta-feira (29) um documento oficial declarando reabertas as negociações. Em duas assembleias realizadas após a reunião – uma na própria quarta e uma no dia seguinte -, os ACS e ACE votaram pela suspensão da “operação tartaruga” até o dia 12/03, dia em que ficou marcada a próxima reunião da comissão com o governo. Neste mesmo dia, às 18h, uma nova assembleia discutirá a proposta da Prefeitura.

Manifestação e passeata
Com gritos de guerra, faixas, apitos, bandeiras e batuques, cerca de 400 agentes – a pé, de moto ou de bicicleta –, se concentraram às 7 horas na Praça da Catedral e seguiram em passeata pelas ruas de Montes Claros manifestando e esclarecendo a população sobre os motivos que levaram os trabalhadores a iniciar o movimento reivindicatório.

O diretor administrativo do Núcleo Regional do Sind-Saúde Montes Claros, Reginaldo Silva relembrou a trajetória e a importância dos ACS e ACE, que com muita luta conseguiram a efetivação ao município, mas agora amargam salários baixíssimos e más condições de trabalho. “Nós levamos qualidade de vida para a população de Montes Claros mas não somos reconhecidos e valorizados por esse trabalho fundamental”, disse Reginaldo.

Além de sindicalistas de outras categorias e vários apoiadores, também estiveram presentes e prestaram apoio à manifestação o presidente da Federação dos Trabalhadores Municipais do Estado de Minas Gerais (FETAM-MG/CUT), Marcos de Jesus Leandro, a diretora estadual do Sind-Saúde, Lionete Pires e o diretor estadual da CUT e do Sind-Saúde, Reginaldo Tomáz de Jesus.

Reginaldo Tomáz parabenizou os agentes que estão, durante todo esse processo, enfrentando a opressão e o assédio moral dos gestores e indo às ruas lutar pelos direitos da categoria. “Se a população está sendo assistida com os cuidados e a visita regular dos agentes, é porque esses trabalhadores optaram por ter a saúde preventiva como meta profissional, mas é impossível fazer isso se não houver salário digno e boas condições de trabalho”, disse Tomáz.

Os agentes deram uma grande demonstração de união e mobilização, e estão dispostos a continuar indo às ruas para fazer valer os direitos da categoria.


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