Hemominas decide sobre funcionamento no próximo feriado em Belo Horizonte, mas não resolve problema que envolve o ponto facultativo
A Fundação Hemominas publicou a resolução sobre o feriado do dia 08 de dezembro e a véspera (próxima segunda e terça). Apesar de considerar ponto facultativo o dia 07 de dezembro, a decisão foi considerada pontual pelos servidores. A categoria tem manifestado insatisfação sobre os critérios adotados pela Hemominas para o ponto facultativo e reivindicam o retorno do banco de horas para o expediente nestes dias. O governo havia prometido um retorno, mas a Portaria nº466, de 02 de dezembro, não trata o tema de forma padronizada como esperavam os servidores da Hemominas.
Em junho deste ano a gestão da Hemominas alterou o critério do ponto facultativo, a norma estava em vigor há 7 anos. Os trabalhadores querem que seja considerado o critério adotado até então, que inclusive é o mesmo que ocorre em outros orgãos do Estado.
Diante da portaria, o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde/MG) solicitou uma reunião emergencial para tratar do assunto. O Sindicato acredita também que a falta de padronização gera insegurança dos trabalhadores. “O formato dado não atende aos trabalhadores, precisamos de normatização como é feito em todo funcionalismo e também em outros setores da saúde. Queremos uma negociação que leve em conta questões específicas dos trabalhadores da Hemominas e que não seja uma imposição da gestão”, argumenta o diretor do Sind-Saúde Renato Barros. Para a servidora Márcia Caula, que compõe a Comissão de Trabalhadores da Hemominas, a regra precisa valer para todos. “O ponto facultativo tem que ser considerado para todos e não para uma parcela de trabalhadores. Queremos que retorne a normativa anterior”. Vale-transporte O Sind-Saúde também enviou à direção da Hemominas um ofício solicitando negociação sobre mudanças na concessão do vale-transporte. O governo estadual, através do Comitê de Orçamento e Finanças (COFIN), emitiu uma nota alterando a partir de janeiro a concessão do vale-transporte. O Sindicato reivindica a manutenção das regras estabelecidas e que qualquer proposta seja amplamente discutida e negociada com as entidades sindicais, mas que não represente retirada de direitos. “Esta decisão fere de morte os trabalhadores que nos últimos anos não tiveram correção salarial, representando um verdadeiro confisco salarial e rompimento de acordo de trabalho pactuado com o estado,” diz um trecho do documento enviado à gestão.