Atrapalhadas: governo mineiro se enrola para não pagar o piso aos professores
A Secretaria de Estado de Educação (SEE) confessou “graves erros” no formato do subsídio pago aos professores. O modelo de remuneração que incorpora os benefícios foi apresentado como forma de maquear e tentar esconder o descumprimento com a lei federal 11.738/08 que instituiu o Piso Salarial Nacional da educação. Este regime foi implementado em janeiro e nesta segunda-feira (22/08/11) a secretária de Educação, Ana Lúcia Gazzola admitiu que os professores mais antigos tem seus salários “achatados”, já que o modelo não considera o tempo de serviço.
O “recuo” do governo veio após 74 dias de greve dos professores que pedem o cumprimento da lei do piso. Mesmo com a confissão, o governo apresenta uma nova “formula mágica” para não pagar o que diz a lei. A confissão se apresenta com uma nova tática de desmobilizar a categoria da educação. O governo aposta que podem causar dúvidas em alguns professores e percam a motivação do piso.
Governo esquece tempo de serviço
Desconsiderar o tempo de serviço é uma política do governo Anastasia/Aécio implantado com o choque de gestão. O modelo aplicado em Minas desvaloriza o funcionalismo e pode ser percebido em todas as áreas de governo.
Na saúde, o choque de gestão acabou com o qüinqüênio para os novos servidores, congelou a evolução dos trabalhadores por tempo de serviço e prática vencimentos base abaixo do salário mínimo.
O Sind-Saúde se solidariza com a categoria da Educação, apoia o movimento organizado pelo Sind-UTE e reafirma que mantém a mobilização dos trabalhadores da saúde em busca da valorização da carreira.