Falta de repasses na Fhemig
Falta de repasses do governo causa transtorno a trabalhadores e pacientes da Fhemig
Durante a tarde de ontem (23/07), a direção do Sind-Saúde foi procurada por trabalhadores e usuários do Hospital Júlia Kubitschek devido ao caos que a unidade vive no momento – principalmente por causa dos dias extremamente frios que afeta as condições para o banho dos pacientes.
A grande parte das enfermarias da unidade e diversos setores não têm água quente pois o hospital ainda funciona com o sistema de caldeira, e somente algumas enfermarias têm chuveiro elétrico. Diante do desconforto dos pacientes, precisando se deslocar para locais onde têm chuveiro elétrico, para fazer sua higienização pessoal – a situação chegou ao limite da tolerância.
Além da situação dos chuveiros, ainda existe a retirada dos seguranças armados da unidade hospitalar – que foi uma reivindicação atendida há anos feita pelos trabalhadores e usuários do HJK.
Para piorar ainda mais a situação, um segurança foi esfaqueado no final de semana, em mais uma das tentativas de roubo a armas, mesmo porque a segurança armada é uma realidade necessária pela complexidade da unidade.
Diante da situação grave, o Sindicato procurou ainda na tarde de ontem, representantes da direção da unidade, que confirmaram que o problema dos chuveiros foi devido ao não fornecimento de óleo para o funcionamento da caldeira, além da rede elétrica não suportar a instalação de mais chuveiros, devido à estrutura não ter sido adequada há anos, afirmaram ainda que o não fornecimento do óleo e a retirada dos guardas foi motivada pela falta de pagamento.
Hoje (24) pela manhã, o Sindicato também recebeu a informação do não fornecimento de roupas (enxoval) do CGP devido à falta de pagamento à empresa responsável. Em seguida a esta denúncia, o Sind-Saúde/MG procurou a Diretoria de Planejamento Estratégico e Finanças (DPGP) da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), que informou que realmente não foi feito o pagamento às empresas devido à falta de repasse do governo estadual.
O Sindicato então buscou informação junto à presidência da Fhemig, que informou estar procurando a solução, mas que a dificuldade é realmente a falta de repasse por parte do governo para a Fundação. Mas o Sind-Saúde/MG se posiciona ao defender que a saúde não pode continuar a esbarrar nas questões burocráticas pois na assistência direta ao paciente é exigida rapidez e urgência no atendimento. A Fhemig Central ficou de dar um retorno ao Sindicato diante da situação a ser encaminhada ainda na tarde de hoje.