Dia Estadual de Luta
Sindicatos unificam as lutas em um só grito por nenhum direito a menos
O dia estadual de luta convocado pela Central Única dos trabalhadores (CUT/MG), realizado hoje (05/06), contou com ampla participação de servidores públicos (saúde, educação e eletricitários) e um forte apoio das categorias de metalúrgicos, bancários e petroleiros. A luta que unificou a mobilização dos setores imprescindíveis do serviço público teve grande importância para homogeneizar entre as classes de trabalhadores o entendimento sobre a importância de defender o patrimônio do povo brasileiro que neste momento está na mira do golpe e os direitos fundamentais à educação pública e à saúde pública e universal garantida pelo Sus.
Neste momento extremo da política nacional, os servidores estaduais uniram forças para lutar contra os altos custos que a crise impõe ao país. Como trabalhadores (as) estaduais, sequer tem informação concreta a respeito do recebimento do salário e nos âmbitos da política nacional estão vendo seus direitos serem negados e a negação destes direitos ser legitimada nas reformas escravistas vigentes a partir do governo Michel Temer.
O Sind-Saúde/MG e SindiUTE que já haviam unificado a luta no dia 16 de maio, incorporaram a mobilização do dia de hoje com a pauta de reivindicação da volta do recebimento do funcionalismo público para o 5º dia útil do mês e fim dos parcelamentos de salários. A educação que já havia discutido o pleito em assembleia informou à população que a decisão dos educadores é de que caso não recebam seus salários no próximo dia 7 de junho, na próxima segunda-feira (11) estarão suspensas as atividades nas escolas estaduais.
Os eletricitários criticaram a política de corte de investimentos na empresa que tem sobrecarregado as costas dos trabalhadores e sem nenhum prejuízo para os acionistas da estatal. Segundo o diretor Jeferson Silva do SindEletro, já foram demitidos cerca de 2.500 trabalhadores da Cemig. Para ele, com eliminação de equipes inteiras de assistência, a estatal não deixou em nenhum momento de encher os cofres do setor financeiro. Jeferson chamou a atenção para os recorrentes aumentos na conta de energia dos mineiros, que em nada mudam no sentido de melhorar a assistência ou valorizar trabalhadores, e sim para cobrir os gastos da estatal. Os mineiros sustentam enquanto os acionistas lucram.
Ontem foi divulgada através das redes sociais, uma folha de pagamento informando que o recebimento deste mês estaria previsto para o dia 22 de junho. A não procedência do documento foi comunicado no dia de hoje aos trabalhadores que demonstraram, além de tristeza, uma grande revolta com a falta de limites para o desrespeito com os trabalhadores neste momento da política. A lacuna de insegurança gerada por este governo na vida dos trabalhadores acaba sendo preenchida pela onda de “fake news” que neste momento assolam o país, sobretudo pelas disputas eleitorais. Os sindicatos permanecem insistentes na cobrança da folha de pagamento oficial que deveria ter sido divulgada no primeiro dia útil do mês.
Os trabalhadores da saúde decidiram ontem em assembleia pelo estado de greve a partir do dia 04/06 e seguirão mobilizados em defesa da dignidade dos trabalhadores. O salário é o que garante a sobrevivência de famílias inteiras de trabalhadores de que prestam, honrosamente, um serviço de qualidade à população mineira. Confira aqui os destaques assembleia geral do Sind-Saúde/MG.
