Mais um atraso de salário?

Trabalhadores da saúde confirmam no contracheque o desrespeito do governo de Minas Gerais

Na última quinta-feira (21), dia em que o governo de Minas Gerais pagaria a segunda parcela dos salários dos servidores do estado, o Secretario de Estado de Fazenda confirmou em nota pública o adiamento do depósito. De acordo com a publicação “não foi possível depositar 100% dos valores referentes à segunda parcela dos salários dos servidores do Executivo, em função de fluxo de caixa insuficiente”.

O atraso não foi anunciado previamente e atingiu mais de 25% do funcionalismo público no estado. Essa política de parcelamentos que acontece desde o mês de fevereiro de 2016 não esconde o seu caráter seletivo, pois várias outras categorias, como a dos militares, estão recebendo em dia. Como se já não fosse um absurdo o pagamento do salário do mês apenas no dia 21, ainda sequer podemos confiar na data anunciada pelo governo.

direitos do trabalhador
Esse tipo de tratamento não é novo. Desde o período de campanha Pimentel vem afirmando compromissos que não cumpre. Como a redução da jornada de trabalho na saúde para 30 horas e melhorias nos planos de carreira. Além disso, no ano passado assinou acordo de greve com os servidores e mais uma vez não cumpriu. Os atrasos de salários e acordos não cumpridos só revelam o total descaso e desrespeito do governo com os servidores públicos.

O Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde/MG) repudia a ação do governo do Estado e considera como extremo desrespeito aos trabalhadores e trabalhadoras do Executivo. É inaceitável que governo do Estado de Minas Gerais trate o servidor da saúde de maneira tão arbitrária. E mais ainda por ser algo recorrente e que tão provavelmente não será a última vez.

Pimentel,exigimos que honre seus compromissos com os trabalhadores da saúde e demais servidores públicos, assim como honramos nós mesmos as nossas dívidas, inclusive nos juros que pagamos pelos seus atrasos! Estamos falando de um governo que se nega cumprir acordos e que  em nenhum momento abriu espaço para negociação da política salarial e econômica no Estado com os sindicatos, tendo a mesma postura de governos anteriores. Nosso salário é o que nos mantém, é o que nos põe a comida na mesa. É a nossa sobrevivência em meio à uma crise que privilegia o setor financeiro e coloca descaradamente o seu ônus sobre as costas dos trabalhadores. Nós estamos na luta e não admitimos tamanho desrespeito!