Cara nova no Julia
Ambulatório do HJK é reinaugurado e indica que cobranças dos trabalhadores dão resultado
As cobranças constantes do Sind-Saúde contra a tendência de precarização do Hospital Júlia Kubitschek nos últimos anos começam a mostrar resultado. Depois de ficar com as obras paradas desde 2013, foi reinaugurado hoje o ambulatório da unidade que realiza cerca de 2 mil atendimentos por mês à toda região metropolitana de Belo Horizonte. A volta das atividades do antigo ambulatório, agora reestruturado, foi comemorada com festa.
Foram feitas adequações no vestiário, construído banheiro no consultório de proctologia, criada acessibilidade para cadeirantes, construídos banheiros separados por gênero e mais duas salas para atendimento. Conforme os trabalhadores, as mudanças vão permitir mais qualidade ao trabalho e mais conforto para os pacientes.
Segundo a diretora do Sind-Saúde, Neuza Freitas, a reforma do ambulatório resulta de cobranças e denúncias feitas pelos trabalhadores que exigem, entretanto, que outras unidades de tratamento do hospital tenham o serviço retomado.
Conforme o diretor do HJK, Antônio Carlos Cioffi, outras obras como o CTI para 40 leitos, o ambulatório de pneumologia e a subestação de energia devem ser concluídas até a metade de 2018. A verba de quase R$ 7 milhões para a execução já está liberada e aguarda somente a assinatura do secretário de assistência à saúde do Ministério da Saúde.
Para o presidente do Conselho Municipal de Saúde (CMSBH), Bruno Pedralva, a reinauguração do ambulatório do Júlia deve ser considerada como positiva no contexto atual de desmonte do SUS. “O HJK é um exemplo de que o SUS não é de nenhum governo nem de nenhum prefeito. O Hospital está funcionado graças à comunidade que o integrou como parte da sua vida”, disse.
Também estiveram presentes na atividade o presidente da Fhemig, Tarcísio Dayrell Neiva e deputado Rogerio Correia (PT).