Saúde mobilizada
Trabalhadores da saúde se mantêm em estado de greve e farão nova assembleia na sexta, 02/12
Em assembleia realizada nesta sexta-feira, 25, os trabalhadores da saúde disseram não à falta de compromisso político do governo que assinou, mas não cumpre o acordo de greve. Os servidores decidiram fazer paralisações pontuais e marcaram nova assembleia, com paralisação, para a próxima sexta, 02 de dezembro, às 10 horas, no pátio da Assembleia Legislativa.
Durante toda a semana, os servidores estarão mobilizados para fazer paralisações pontuais em unidades de saúde da capital e de todo o estado. Para o Sind-Saúde, a luta dos trabalhadores neste momento deve ser unificada: contra a indiferença do governo estadual às nossas reivindicações e também contra o desmonte da saúde que o governo golpista de Michel Temer tenta levar à frente com a PEC 241/55.
Hoje, a luta dos servidores da saúde se somou a de centenas de trabalhadores e movimentos sociais que se reuniram na Praça da Estação e depois se juntaram em passeata rumo à Praça Sete, onde se reuniram as centrais sindicais e estudantes.
A decisão de nova assembleia com paralisação veio depois de os trabalhadores avaliarem que o governo não demonstra intenção de cumprir o acordo como indicou a reunião de segunda-feira, 21/11, com o secretário Helvécio Magalhães, da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag).
Durante a reunião, o governo insistiu numa conversa que irrita os trabalhadores. De novo, a gestão veio com as já gastas promessas de criação de grupos de estudos para avaliar os pontos pactuados com os trabalhadores e( sendo o único ponto positivo) de enviar anteprojeto de lei à assembleia propondo a alteração da situação vergonhosa dos Augas que não ganham sequer um salário mínimo. Sobre as 30 horas, então, agora o governo apareceu com o único discurso alegando que para a redução da jornada teria impedimento em função da Lei de responsabilidade fiscal, mas acordou que a gestão e o Sindicato fariam um levantamento nos locais de trabalhos onde não tivesse impacto, faria a implementação.
Entretanto, a falta de vontade política do governo deverá enfrentar a reação decidida dos trabalhadores, a exemplo dos servidores da Funed. Eles decidiram na assembleia desta sexta-feira que vão exigir que até junho de 2017, como assinado no termo de acordo com o governo, todos os servidores deverão estar fazendo jornada de 36 horas.