Governo pressionado
Trabalhadores da SES entregam pauta de reivindicações ao governo e pode haver greve geral da saúde se demandas não forem atendidas
A pauta de reivindicações dos trabalhadores da Secretaria Estadual de Saúde – SES foi discutida pelo Sind-Saúde e Governo do Estado, em reunião que aconteceu na tarde desta quarta-feira, 16/04. Os servidores aguardam ansiosamente que o governo apresente soluções positivas para as diversas demandas da secretaria.
Dentre as pautas levantadas estão:
- – Redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais, sem perda salarial;
- – Instalar comissão responsável pela revisão do plano de carreiras da SES/MG;
- – Reajuste salarial retroativo à data-base;
- – Pagamento do Prêmio por Produtividade – Acordo de Resultados 2013 e 2014;
- – Nomeação dos aprovados em concurso 2014 da SES MG;
- – Reposicionamento imediato aos servidores com apresentação de titulação em nível superior ao enquadramento atual na carreira por nível de escolaridade;
- – Credenciamento da SES-MG na FAPEMIG e revisão da política de recursos humanos no incentivo ao estudo, e participação de servidores em eventos científicos da área temática de Saúde Pública;
- – Criação de banco de horas, por meio do FORPONTO;
- – Criar grupo de trabalho para debater a Gestão do Trabalho e Educação na SES e Política de Saúde do Trabalhador do SUS;
- – Instalar comissão para discutir a questão da Autoridade Sanitária;
- – Reposição das perdas salariais dos últimos anos;
- – Estender gratificação (GAGES) aos servidores cedidos a outros órgãos e municipalizados;
- – Incorporação da Gratificação (GAGES) ao salário base;
- – Construção da creche na CAMG (e/ou concessão de auxílio-creche durante o período de construção);
- – Estender o ticket alimentação para todas as carreiras e servidores, independente de carga horária e também aos servidores cedidos a outros órgãos e municipalizados;
O prazo máximo para que o governo dê um retorno sobre as demandas é o dia 24 de abril, quando acontecerá uma reunião entre o sindicato e membros do executivo. Durante o encontro desta quarta-feira, foi repassada aos representantes dos trabalhadores a dificuldade orçamentária que o estado está sofrendo, mas foi confirmado que será investido o mínimo de 12%, como previsto em lei, na Saúde.
Os servidores não aguentam mais receber apenas promessas de que suas necessidades serão atendidas. A partir de agora, se o governo não dialogar favoravelmente à pauta de reivindicações, será deliberada a greve, a partir do dia 28 de abril, quando o sindicato promoverá assembleia com todos os trabalhadores da saúde do estado para repassar o que foi definido nas negociações com o governo.
Desde o início do ano, o executivo vem fazendo auditorias e pede tempo à população para ter a real compreensão da situação orçamentária e como foram deixadas as instituições públicas do Estado pela gestão tucana. Mas os trabalhadores entendem que quatro meses já são suficientes para que o governo comece a promover as mudanças que o estado precisa, após 12 anos de descaso da última gestão.
No dia 28 de abril o Sind-Saúde apresentará aos trabalhadores as respostas do governo referente às pautas de reivindicações das instituições de saúde do Estado, onde será deliberada greve geral se o governo não se mostrar favorável às mudanças propostas pelos servidores.