Evacuação da Cidade Administrativa expõe agravamento das condições precárias no complexo

O Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais – Sind-Saúde/MG manifesta profunda preocupação e indignação diante da evacuação ocorrida na manhã desta terça-feira (25/11), no prédio Minas da Cidade Administrativa, após o acionamento do sistema de alarme de incêndio. Ainda que não haja registro de feridos, o fato expõe, mais uma vez, o estado crítico da infraestrutura do complexo que abriga milhares de servidores públicos diariamente.

O episódio, causado por fumaça em uma das áreas internas, não pode ser tratado como simples ocorrência. Pelo contrário: é um sintoma evidente do abandono e da falta de manutenção preventiva na sede administrativa do Estado, que há anos acumula falhas estruturais, riscos à saúde, insegurança e situações vexatórias que atentam contra a dignidade dos trabalhadores. A diretora do Sind-Saúde/MG acompanhou a situação e cobrou do governo providências imediatas.

Um complexo marcado pela precariedade e negligência do Governo
A evacuação desta terça-feira se soma a uma longa lista de problemas amplamente denunciados pelos servidores e já conhecidos pelo Governo. Entre eles:

• Elevadores com falhas graves, que chegaram a abrir portas sem estar no andar, expondo servidores a acidentes iminentes. O risco foi tão elevado que o próprio governo, numa tentativa improvisada, optou por fechar elevadores com tapumes, escancarando a gravidade da situação.
• Presença constante de morcegos nos corredores, revelando falhas no controle ambiental e sanitário.
• Pombos circulando pelas áreas internas e até bebendo água em bebedouros, evidenciando condições de higiene absolutamente inaceitáveis em um prédio público.
• Problemas estruturais recorrentes, infiltrações, instalações insalubres, equipamentos obsoletos, pane em sistemas de ventilação e relatos de banheiros frequentemente sem condições mínimas de uso.
• Atraso na realização de obras e reparos, mesmo após laudos que apontam riscos à integridade física dos usuários.
• Saídas de emergências com corta-fogo fechadas, impedindo inclusive a evacuação em momentos como o vivenciado na terça.

Tais situações, acumuladas ao longo dos últimos anos, demonstram não apenas descaso administrativo, mas uma política persistente de negligência com a segurança e o bem-estar dos trabalhadores que mantêm o funcionamento da máquina pública.

Risco permanente e insegurança institucionalizada
A evacuação do prédio Minas deixa evidente que o risco é diário, concreto e crescente. Servidores da saúde e de outras áreas trabalham em um ambiente que não garante condições mínimas de segurança, contrariando normas básicas de prevenção e resposta a emergências.

Não é aceitável que um complexo que custou bilhões aos cofres públicos opere em condições tão precárias. A ineficiência na manutenção, a falta de investimentos estruturais e a incapacidade de oferecer respostas rápidas mostram um Governo que falha na proteção de quem se dedica diariamente ao serviço público.