Mobilização no SAMU por melhorias de salário ganha força e possibilidade de greve é discutida pelos trabalhadores

O movimento organizado dos trabalhadores e trabalhadoras do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) tem unificado as categorias dos consórcios de Minas Gerais. Uma das maiores reivindicações é o reconhecimento dos condutores socorristas como profissionais da saúde e a melhoria dos salários destes trabalhadores. Hoje no SAMU são cerca de 2 mil condutores socorristas que recebem média de R$ 1.700, alguns R$ 1.860.

Para a diretora do Sind-Saúde/MG Núbia Dias, o SAMU vive uma crise sem precedentes e os trabalhadores estão sem recomposição desde 2012. “É muito séria a situação. Os trabalhadores e trabalhadoras do SAMU não suportam mais, não suportam mais o atraso do piso da enfermagem no repasse, não suportam mais os salários e as remunerações abaixo do salário mínimo e a falta de reconhecimento dos condutores socorristas como trabalhadores do SAMU”, diz Núbia em um vídeo de mobilização da categoria.

Desde 2022, o governo federal aumentou o repasse ao SAMU em 30%, porém segundo a diretora do Sind-Saúde Núbia Dias, esse mesmo percentual foi retirado pelo governo do estado no contrato de programa estadual, reduzindo o possível aumento a zero.

PL pede reconhecimento no Congresso
Além da luta em Minas Gerais, uma segunda frente de mobilização envolve os condutores socorristas. O Projeto de Lei 3.104/2020, de autoria do deputado Weliton Prado (PROS-MG), visa regulamentar a função de condutor socorrista e enquadrá-lo na área da saúde, garantindo a ele os mesmos direitos e benefícios dos demais profissionais da área.

A falta de regulamentação da profissão de condutor socorrista tem gerado insegurança jurídica e dificuldades na atuação desses profissionais. O Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde/MG) está junto nessa luta pela regulamentação e valorização dos profissionais do SAMUs de Minas Gerais.