Unimontes: extensão da gratificação ainda não é realidade

Em reunião realizada nessa quarta-feira, 30/03, governo nega implementar neste ano a extensão da gratificação aos trabalhadores do campus da Unimontes e administrativos da Uemg. 

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Nessa quarta-feira, 30/03, o governo provou mais uma vez a falta de compromisso com os trabalhadores da saúde. Em reunião realizada na cidade administrativa, participaram representantes da Seplag, Sind-Saúde e também servidores da Unimontes e Uemg. O objetivo da reunião foi retomar as discussões sobre a extensão e incorporação da gratificação aos trabalhadores do campus da Unimontes.
 

Os trabalhadores reivindicaram a extensão e incorporação da gratificação concedida em 2012. Os servidores da Unimontes e das demais instituições do sistema estadual de saúde tiveram direito a essa gratificação complementar, que naquele momento “substituiu” a correção salarial, que era reinvindicação dos trabalhadores. As demais instituições já conseguiram que esse benefício fosse incorporado ao salário, mas os servidores da Unimontes há três anos seguem nessa luta.

Vale a pena recordar que a última reunião para tratar do tema foi realizada em novembro do ano passado e o governo afirmou que só depois da divulgação do relatório quadrimestral, em janeiro deste ano, poderia dar um parecer. Mais uma vez, o governo provou a falta de compromisso com o serviço público e afirmou que não há condição orçamentária para garantir esse direito ainda em 2016. Voltou a repetir o discurso da crise e voltou a jogar para as costas dos trabalhadores a instabilidade do estado. Os trabalhadores questionaram sobre o pagamento retroativo da incorporação e isso também a Seplag não pode confirmar. Mais uma demanda que fica rodeada por um clima de incerteza, refém das contas de um estado que não prioriza a saúde e seus servidores(as).

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Outras demandas

Os trabalhadores(as) também denunciaram, mais uma vez, a falta de pessoal na Unimontes. Atualmente, há um déficit de 800 trabalhadores, o que gera uma sobrecarga de trabalho, além de impactar diretamente os usuários. O último concurso foi realizado há dez anos. A Seplag se comprometeu a solicitar à gestão um plano de substituição dos servidores exonerados e aposentados, além de um plano de contratação em situações de emergência.

O Sind-Saúde criticou que a Unimontes está sem referência, já que é ligada à Secretaria de Ciência e Tecnologia, que visivelmente não se prioriza a unidade. O governo propôs ao Sindicato acompanhar o debate sobre o plano de carreira junto a essa secretaria.

Frente à posição do governo, de mais uma vez adiar a concessão do direito à incorporação da gratificação, os trabalhadores(as) deixam claro que existe possibilidade de mais paralisações e inclusive greve. O Sind-Saúde convoca todas e todos servidores(as) a seguir mobilizados nesta luta e assume o compromisso de continuar pressionando o governo para que a extensão e incorporação sejam direitos garantidos. 

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