Trabalhadores do Galba Ortopédico resistem

Fhemig e promotoria mantêm posição pelo fechamento do Galba Ortopédico e trabalhadores resistem

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Na manhã desta quinta-feira (03/08), ocorreu a reunião já agendada – entre o Sind-Saúde, a promotora da Saúde  e a gestão da Fhemig – para discutir a posição de fechamento da Unidade Ortopédica Galba Velloso. A convite do Sind-Saúde, estiveram presentes a mesa diretora do Conselho Estadual de Saúde, representante do Conselho Municipal de Saúde, deputado Geraldo Pimenta (membro da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), assessoria do deputado Jean Freire (também membro da Comissão de Saúde) assessoria do deputado Rogério Correia (1º Secretário da Mesa Diretora da ALMG) e comissão de trabalhadores da Unidade Ortopédica.

O Sindicato e a comissão de trabalhadores apresentaram relatórios técnicos e gráficos, além de propostas concretas para demonstrarem a viabilidade do serviço na unidade, e comprovando que a grande parte dos itens relatados pela Vigilância Sanitária já havia sido solucionada. Foi proposto o prazo de um ano para sanar todas as infrações restantes e manter a unidade com atendimento ainda superior ao que existe no momento e que comprova a incompetência da gestão anterior que não teve capacidade de sanar as irregularidades e a única opção foi fazer um acordo sem consultar todos os atores envolvidos e fechar a unidade.

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Foi apresentada pela gestão, a necessidade de investimento de 11 milhões de reais na unidade para solucionar os problemas. Quantia esta contestada pela representação presente, tanto dos trabalhadores como do controle social, haja vista que não foram apresentadas comprovações de que forma a Fhemig chegou a este valor para investimento.

A promotoria alegou não poder voltar atrás na decisão pois já houve uma decisão judicial transitada em julgado e que terá que ser, portanto, cumprida. Ainda mais surpresos os representantes afirmaram que existe um prazo final até 30 de setembro e que portanto não aceitarão tal decisão de fechamento imediato, nem sequer o remanejamento dos trabalhadores e que ingressarão, imediatamente, com ação pedindo o efeito suspensivo da sentença.

Foi verificada também a intenção clara da Fhemig de inclusive colocar estes pacientes na central de leito – ação esta combatida por todos a partir do momento que deixará de investir no serviço público para destinar dinheiro público para o serviço privado.

Diante da situação não existe acordo por parte do Sind-Saúde, sendo também este o posicionamento de todas as representações presentes convidadas pelo Sindicato.

Para surpresa do Sind-Saúde, por volta das 12h30 de hoje, foi comunicado pelos trabalhadores do Galba Ortopédico que eles tinham sido convocado de forma emergencial para estarem no auditório às 14h30. O motivo? Reunião com o diretor do HJXXIII, Sílvio Grandinetti Júnior e o vice-presidente da Fhemig, Alcy Pereira. Imediatamente, diretores do Sind-Saúde se deslocaram para o local comunicando o Conselho Municipal de Saúde (CMS) que também enviou representante.Neuza e gestores

Ao chegar ao local, o Sindicato e a representante do CMS se depararam com os dois representantes da gestão já informando os trabalhadores da necessidade de remanejamento da equipe de forma imediata sob pena de prisão do presidente da Fhemig inclusive dos trabalhadores. Imediatamente, tanto o Sindicato quanto a representante do Conselho se posicionaram informando aos trabalhadores que a ação é contra a Fhemig e não contra os servidores – informando assim aos gestores que existe uma visita da Comissão de Saúde da ALMG agendada para a unidade, além de audiência pública já marcada para a próxima quinta-feira.

O Sind-Saúde informou também que está impetrando ação de efeito suspensivo da sentença judicial, portanto nenhum trabalhador será removido e a unidade não será fechada até posicionamento das ações já encaminhadas.

Os trabalhadores mantiveram o posicionamento de defesa intransigente dos serviços da unidade como um todo, além de também se posicionarem que esta defesa é a defesa do serviço público e do Sistema Único de Saúde (SUS). 

Foto auditório Neuzafica