Reunião na Maternidade Odete Valadares

Segunda reunião na Maternidade Odete Valadares e fica mais notório má gestão

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Em mais uma reunião realizada, nesta quinta-feira, 16/01, na Maternidade Odete Valadares, para tratar sobre remanejamento dos técnicos de enfermagem, fica claro nas dificuldades expostas a falta de boa gestão.

No dia 7 da última semana, o Sind-Saúde participou da reunião para tratar sobre a proposta de rodízio e remanejamento na Maternidade, onde ficou claro, a partir de relato das trabalhadoras, que o formato apresentado não resolve o problema.

Mais uma vez, o sindicato reafirmou seu posicionamento contrário com relação ao remanejamento de setor, visto que trata de infração ao Estatuto do Servidor Público. Além do servidor ter setor de lotação específico assegurado pelo estatuto do Servidor a avaliação de desempenho ficará prejudicada, uma vez que as chefias imediatas são diferentes.

Para Gilberto Fragoso, diretor do Sind-Saúde, o problema tem que ser combatido na raiz. “O que precisa ser avaliado é a raiz do problema, pois da forma que está proposta não resolve por definitivo, é preciso combater o problema na sua origem”, pontuou o diretor.

O remanejamento que estava sendo feito na Maternidade tem prejudicado as trabalhadoras da unidade, que muitas vezes são deslocadas para setores sem possuir o perfil adequado e na maioria das vezes, sem nenhum treinamento.

Para a diretora do Sind-Saúde, Neuza Freitas, o problema que está claro é falta de pessoal e isso tem que ser cobrado na Fhemig. “Falta de pessoal não é problema de trabalhador, mas é problema de governo e do gestor. O déficit de pessoal daqui não pode sacrificar os trabalhadores. Há um dado de que, 80% da categoria da enfermagem tiram licença por questões de saúde psicológica, e isso é grave”, afirmou.

Para Neuza, o principal problema além da falta de pessoal, é o índice de absenteísmo. “As trabalhadoras estão tirando atestado porque estão adoecendo. Se o profissional não tiver identificação e perfil para o setor, ele ficará insatisfeito, e isso pode trazer graves riscos para assistência, como por exemplo a vida do usuário”, completou a diretora.

Nos encaminhamentos, ficou determinado que o Sind-Saúde fará uma reunião na Fhemig para esclarecimentos e solicitação de mais profissionais. Outra proposta é solicitar que o Coren faça uma vistoria para emitir laudo de fiscalização do exercício profissional, onde poderá verificar o quantitativo de pessoas e fazer uma notificação à Fhemig.

Foi também falado sobre o Plantão Estratégico que é uma alternativa criada pela gestão para que as pessoas tenham maior interesse em fazer a cobertura em hora extra. No entanto, a Fhemig tem oferecido apenas para médico. É possível solicitar que seja feito na MOV.

O sindicato pediu que a gestão da Maternidade envie o déficit, para encaminhar ofício à Fhemig, marcando uma reunião com a Gestão de Pessoas e Diretoria Assistencial junto a Comissão de trabalhadores da unidade.

Há casos preocupantes acontecendo na Maternidade, como de remanejamento de profissional que está de férias e quando retorna ao trabalho foi transferido de setor sem ser comunicado. Outro fato curioso e que muito preocupou os diretores do sindicato, é que as coordenações de enfermagem não foram publicadas, algo que as torna sem legitimidade para responder pela categoria da enfermagem.

Outro ponto levantado, foi o total desconhecimento quanto à legislação de avaliação de desempenho e PGDI (Plano de Gestão do Desempenho Individual) dos trabalhadores. Por isso, o sindicato entrou em contato imediatamente com a diretora de Gestão de Pessoas da Fhemig e relatou o fato, solicitando providências imediata.

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