Manifestação em Montes Claros

Agentes da saúde de Montes Claros realizam manifestação por piso salarial

assembleia moc

Nessa terça-feira (23/09), aconteceu em Montes Claros, uma mobilização dos servidores da saúde do Município. Segundo a diretora do Sind-Saúde, Ediné Soares, cerca de 200 trabalhadores se reuniram para reivindicar pelo piso salarial dos agentes.

Os servidores iniciaram a manifestação na Praça da Catedral, passaram pela Câmara e em seguida finalizaram na Prefeitura. Todos entraram na prefeitura, e membros da comissão dos servidores se reuniram com representantes municipais para discutir as reivindicações.

Segundo Ediné, os representantes afirmaram não ser possível pagar o piso, pois o dinheiro repassado do ministério não paga a folha de cheque com a soma dos encargos. É importante lembrar que isso não pode ser uma desculpa, uma vez que a assistência financeira que o Governo Federal dá aos Municípios prevê que eles paguem o piso salarial aos agentes como condição primordial para o recebimento dessa mesma assistência. Ou seja, se o município não paga o piso, não deveria nem receber essa ajuda do governo.

É preciso que os trabalhadores fiquem atentos aos seus direitos e não se deixem ser enganados por desculpas quando a obrigação da prefeitura é de pagar o piso dos agentes.

assembleia moc1

Mesmo tendo dito um primeiro “não”, a prefeitura ficou de dar uma resposta aos servidores na mesma tarde, por volta das 16hrs, mas a “proposta” encaminhada pela prefeitura nada mais era do que a mesma coisa que eles já haviam conversado anteriormente.

Ediné afirmou que diante do “não” dado pela prefeitura em relação ao piso, foi definido pelos agentes seria iniciada a Operação Tartaruga, com redução no número de visitas. Por exemplo, um ACE que realiza em média 20 visitas por dia, realizará 5, e um ACS, que realiza por volta de 10, realizará 4. Essa operação começou ontem e acontecerá por tempo indeterminado.

UNIMONTES

Os servidores da Unimontes também estão firmes em suas manifestações, na última assembleia definiram uma paralisação de 72 horas que começou dia 22 e termina hoje. Os trabalhadores estão em escala mínima de 30% e o restante permanece acampado em frente ao hospital.  

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão: Retirar o desconto do contracheque no salário base dos servidores; Gratificação de Urgência e Emergência; e Reestruturação do Plano de Carreira, Cargos e Salários.