Mais de 2 mil pessoas fecham o 4º Encontro dos Movimentos Sociais pelas ruas de BH

Por Maíra Gomes
Do Portal Minas Livre

Após três dias de estudos e debates, 4° Encontro dos Movimentos Sociais teve seu encerramento nas ruas. Mais de 2500 pessoas se mobilizaram em passeata pelo centro de Belo Horizonte, nesta segunda-feira (30), denunciando à sociedade mineira as contradições de instituições privadas que lucram com a exploração dos trabalhadores e instituições públicas que não garantem os direitos sociais do povo mineiro, o Sindicato da Indústria da Construção Pesada de Minas Gerais (SICEPOT), o Banco Itaú, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o Tribunal de Justiça e o Governo Estadual de Anastasia.

A marcha saiu da Praça da Assembleia Legislativa em rumo ao Palácio da Liberdade, antiga sede do Governo de Minas. Foram realizadas diversas manifestações pela cidade. A primeira dela aconteceu no SICEPOT, representante das empresas que executam grandes obras de infra-estrutura, como a Andrade Gutierrez e a Odebrecht.

A seguir, na Praça Sete, foi realizada uma intervenção no Banco Itaú,símbolo do capitalismo e especulação financeira.Um ato em frente à Prefeitura de BH, na avenida Afonso Pena, marcou a indignação da população de BH quanto à indiferença do prefeito Marcio Lacerda e seus aliados sobre o déficit habitacional e a grave deficiência na Educação Infantil na cidade.

Dando prosseguimento à manifestação, os movimentos seguiram para o Tribunal de Justiça de MG, onde foram realizadas denúncias de mortes e assassinatos de jovens e trabalhadores e trabalhadoras no campo, além da exigência da punição aos crimes cometidos na Ditadura Militar.

Por fim, a marcha seguiu até a Praça da Liberdade em protesto contra a perversa política dos governos Aécio e Anastásia, que insistem em garantir lucros e não direitos. Foi realizada a queima de pneus e estendidas faixas com as reivindicações.  

O Ato teve a participação de diversos movimentos sociais, dentre eles o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o Movimento dos Sem Terra (MST), o Levante Popular da Juventude, o Movimento de Lutas dos Bairros (MLB) e o Sindicato dos Eletricitários de MG.

Ao final do ato, os Movimentos ocuparam o centro da Praça onde, em contagiantes manifestações, foram feitas místicas, pronunciadas palavras de ordem e breves avaliações dos quatro dias de encontro. Por fim, foi encerrado o 4º Encontro dos Movimentos Sociais de Minas Gerais.

 

Diretores do Sind-Saúde também participaram das atividades e da passeata do 4º Encontro dos Movimentos Sociais.