Greve é suspensa com recuo do governo e começa rodada de negociações




Após 17 dias, a greve da saúde termina e nova assembléia irá debater o rumo das negociações. A decisão foi tomada em assembleia dos trabalhadores que aceitaram a proposta de reajuste do governo, mas exigem o atendimento dos outros pontos da pauta de reivindicações. O movimento agora segue para um segundo momento. A categoria decidiu manter o estado de greve para que as negociações aconteçam com os trabalhadores organizados.

A assembleia aconteceu nesta sexta-feira (15/07), um dia depois da secretária de Planejamento e Gestão anunciar a proposta de reajuste (5% em outubro de 2011 e 5% em abril de 2012) e data base em outubro. Os trabalhadores demonstraram que a proposta está longe da expectativa da categoria que reivindicava 20,7%, mas que agora espera que outros pontos sejam acertados com o governo.

Para as demais reivindicações gerais e específicas, o Sind-Saúde e o governo formarão subcomissões que irão elaborar um diagnóstico da saúde no Estado. Depois disso, a Comissão de Deputados para Saúde, composta pelos deputados Adelmo Leão, Carlos Mosconi e Luiz Humberto, acompanhará a negociação entre governo e servidores. A secretária Renata prometeu que, em posse do diagnóstico das subcomissões, fará reuniões com o Sind-Saúde e com os deputados para discutir as reivindicações específicas de cada Fundação e as outras reivindicações gerais, como a revisão do plano de carreira, a redução da jornada de trabalho para 30 horas e a melhoria das condições de trabalho, dentre outros.

Valeu a luta

Durante a assembleia, os trabalhadores declararam a importância do movimento e parabenizaram o conjunto da categoria pelas batalhas diárias nesses dias de greve. Segundo o diretor do Sind-Saúde, Renato Barros, com a decisão da categoria de suspender a greve, o governo também atendeu a exigência de não cortar os dias parados.

Representando o Bloco Minas Sem Censura da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado Rogério Correia agradeceu a parceria com o funcionalismo para impor uma agenda social ao governo. O Bloco foi fundamental na pressão ao governo quando obstruiu a pauta na ALMG, impedindo a votação dos projetos do governador. 

Movimento da saúde é histórico

A greve da saúde se iniciou no dia 28 de junho e recebeu a adesão de milhares de servidores da ESP, Fhemig, Funed, Hemominas e SES. Os trabalhadores demonstraram grande união e disposição e manifestaram nas ruas, nas sedes do Legislativo e do Executivo e em frente aos locais de trabalho para demonstrar ao governo e à sociedade a necessidade e a realidade da greve. Há muitos anos não se via a saúde tão unida e disposta. A primeira vitória é fruto do ímpeto reivindicatório desses servidores que trabalham pelo bem da sociedade e que necessitam de valorização e respeito.

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