Fhemig recua nos cortes

Após manifestação dos trabalhadores, plano de contingenciamento será revisto

Foto da mesa toda boa

Depois do movimento dos trabalhadores da Fhemig, dos trabalhadores da segurança e de servidores da MGS que chegaram a ocupar a Fundação na segunda-feira (31) para exigir negociações com a gestão, o impasse do plano de contingenciamento de despesas chegou ao fim. Na manhã de hoje (08), conforme acordo previsto para desocupação da Fhemig na segunda-feira, a gestão, representada pelas diretorias de Planejamento e Finanças (DPGF) e de Gestão de Pessoas (Digep) reuniu-se com o Sind-Saúde, Sindicato dos Vigilantes e Associação da MGS (Assempemgs ) e o representante de relações sindicais do Governo, Carlos Calazans.

Ficou definido entre as entidades que o Plano de contingenciamento será revisto juntamente com as representações de trabalhadores. Os diretores das unidades deverão ser comunicados pela Fhemig que as medidas previstas no Plano eram para estudo e propostas nas unidades e não para implementação imediata. Desde o dia 13 de outubro, quando a presidência da Fhemig soltou memorando comunicando às unidades que elas deveriam reduzir as despesas em 9%, trabalhadores da vigilância começaram a receber aviso prévio e o lanche dos funcionários foi reduzido pela metade. Porteiros da MGS já vem fazendo plantão de 12 horas sem direito a uma xícara de café (100 ml).

Depois da pressão dos trabalhadores, a Fhemig admitiu que as unidades deverão fazer um diagnóstico para saber onde podem cortar as despesas e depois esse diagnóstico será apresentado às representações dos trabalhadores.  

A reação dos servidores da saúde, sem reajuste de salário há anos e penalizados pelo governo que sequer colocou o acordo de greve assinado em abril em andamento, foi de indignação. Para o Sind-Saúde, as medidas tomadas pelas unidades da Fhemig são inaceitáveis porque cortam o básico do básico. Um exemplo dos cortes drásticos foi relatado ao diretor Fernando Brandão, da DPGF – o de que servidores que cuidam de pacientes acometidos de infecções por bactérias super-resistentes estão tendo o uso de luvas restringido.

Até o dia 29 de novembro, a Fhemig se comprometeu a solucionar o problema com as empresas de vigilância para que os trabalhadores não sejam retirados das unidades.  O Sind-Saúde lembrou que a permanência de equipes para garantir a seguranças nas unidades da Fhemig foi uma luta histórica e é essencial sua manutenção. 

Outros pontos discutidos na reunião desta terça-feira

Abono (R$ 190) devidos a ex-bolsistas das colônias – os valores referentes aos abonos retroativos de junho a outubro entrarão na folha dezembro a ser paga em janeiro. A quarta parcela entra na folha de novembro que será paga em dezembro.

Reposição dos dias parados na greve –  até sexta-feira (11) , a Fhemig vai encaminhar orientação às unidades estendendo o prazo para reposição dos dias parados na greve para 31 de março de 2017 – as negociações prosseguem.

Ponto facultativo – os serviços considerados essenciais prestados por diaristas terão compensação de folgas acrescidas de 50% das horas trabalhadas – os RHs das unidades serão orientados pela direção da Fhemig.

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