Eleições 2010: dois projetos antagônicos em disputa

Os brasileiros vão às urnas no dia 31 de outubro para decidir entre dois projetos opostos. Um deles continuará trabalhando pelos direitos dos trabalhadores brasileiros, pela efetivação de um governo pluralista e popular, que busca dia após dia dar dignidade ao povo, garantindo-lhe estudo, trabalho, moradia, saúde e segurança pública e reduzindo, assim, as desigualdades sociais e regionais do Brasil. O outro projeto, de direcionamento neoliberal, representa um retrocesso, um esvaziamento da atuação do Estado, trabalhando não pelo povo, mas para garantir um bom terreno para a atuação desmedida de empresas multinacionais, que exploram os trabalhadores, pagam baixos salários e ficam com os lucros provenientes dos recursos brasileiros e do esforço da população.

Os cidadãos devem ter clareza em relação a esse embate que está colocado para eles decidirem. Devem se situar e refletir sobre qual dos dois modelos em disputa efetivamente representa a possibilidade de todos terem oportunidades de melhoria de vida. Ninguém deve se deixar levar pelo que a mídia e o partido da oposição querem, que é tirar o foco desse confronto de duas diferentes vertentes. Ninguém deve acreditar nas mentiras constantemente produzidas, que são espalhadas justamente para despolitizar o debate.

O teólogo Leonardo Boff, em artigo publicado no site Carta Maior (que você pode acessar na íntegra clicando aqui), reforça a clareza do despontamento desses dois projetos distintos que estão em disputa nesse segundo turno. O projeto neoliberal, que vendeu o Brasil nos anos que esteve no poder (1999 a 2002) visa “facilitar a dominação do capital mundializado”, “enfraquecer o Estado, flexibilizar as legislações e privatizar os setores rentáveis dos bens públicos”. Os dados atestam: o número de excluídos cresceu vertiginosamente. Em meias palavras: é um governo que trabalha pela minoria.

Do outro lado, um projeto de “democracia social e popular”, que tem como base o povo organizado e se constrói para e pelo povo, para garantir-lhe dignidade. Um projeto que quer continuar a tirar milhões de pessoas da pobreza, como fez nos últimos anos. Que criou 14 universidades federais (o governo anterior não havia criado nenhuma), que aumentou vertiginosamente o salário mínimo e seu poder de compra. Um projeto que olhou para outros países com o sentimento de solidariedade, que trabalhou pela integração da América Latina, que deu força econômica e reconhecimento internacional para o Brasil. Esse projeto deu certo, e o povo pode decidir por sua continuidade.
Leonardo Boff conclui de forma enfática: “Sonhamos com uma democracia social, popular e ecológica que reconcilie ser humano e natureza para garantir um futuro comum feliz para nós e para a humanidade que nos olha cheia de esperança”.

Pela defesa da continuidade desse projeto democrático e popular, militantes de entidades sindicais, organizações não-governamentais, partidos aliados e movimentos populares estão indo às ruas em todo o Brasil. No dia 07 de outubro de 2010, centenas deles estiveram no Mercado Central e na Praça Sete. Acompanhamos a movimentação, confira algumas fotos:

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