Aumento de novo?

Aumento da tarifa de ônibus para R$3,10 é mais um mecanismo de exclusão social

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Ato contra o aumento na tarifa. Manifestantes liberaram a catraca para passageiros durante 40 minutos. (Foto: Tarifa Zero BH)

O aumento da tarifa de ônibus de R$2,85 para R$3,10 no final do ano assustou os passageiros belorizontinos. A tarifa em BH sofreu um reajuste de 8,8%, chegando a R$3,10 e as da RMBH sofreram um reajuste de 12,4%. A desculpa agora é a implantação do MOVE. Fazendo uma comparação, em 2014 os servidores públicos estaduais tiveram reajuste zero. Além de prejudicar o bolso dos usuários do transporte público, a medida pode trazer outros danos ainda maiores para a cidade.

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Sabemos que a luta contra o aumento da tarifa afeta todos os trabalhadores e suas famílias, pois torna mais oneroso e difícil o acesso a todos outros direitos e equipamentos públicos da cidade. No caso da área de saúde, o aumento é duplamente perverso, pois é notória a exclusividade dos grandes equipamentos hospitalares e serviços médicos no centro da cidade. Além disso, os engarrafamentos diários tem impacto na saúde mental e respiratória de toda a população.

 

A lógica da política de mobilidade urbana deveria se basear em um transporte público abundante, de qualidade e de baixo custo, para garantir o direito à cidade. Mas que acontece em Belo Horizonte e região metropolitana é exatamente o oposto, o transporte público aqui, além de escasso, não tem qualidade e agora ficou ainda mais caro. Isso acaba fazendo com que muitos passageiros optem por utilizar seus veículos ao sair de casa, provocando mais engarrafamentos e poluição.

 

Diversas manifestações estão sendo realizadas não só como uma tentativa de reverter o aumento da tarifa, mas também como uma tentativa de conseguir implantar na cidade a tarifa zero em transportes públicos. Por isso convidamos todos os trabalhadores que usam o transporte público a participar do ato contra o aumento das passagens no dia 09 de janeiro às 17h na Praça Sete. Para conhecer um dos movimentos que luta pela tarifa zero, clique aqui.


A nossa luta é todo dia, porque saúde não é mercadoria.

A nossa luta é todo dia, porque transporte não é mercadoria.