Visita ao João XXIII

Sind-Saúde e deputado Adelmo Leão encontram vários problemas na unidade

foto site adelmo codoni

Foto: Marco Codoni / Site do Adelmo

Dirigentes do Sind-Saúde e o deputado estadual Adelmo Leão visitaram no dia 23/01 o Hospital João XXIII para verificar de perto as condições de atendimento e de trabalho das unidades hospitalares e ouvir as principais demandas dos trabalhadores e dos pacientes. O deputado, que é membro da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), irá convocar uma audiência pública para discutir a situação do João XXIII e de outras unidades com a direção e com o Sind-Saúde.

A visita dá sequência a uma série de visitas que o Sind-Saúde está fazendo com o parlamentar a vários hospitais públicos de Minas Gerais.

O grupo visitou o Bloco Cirúrgico e o Centro de Tratamento Intensivo do Pronto Socorro, alvo das principais reclamações dos servidores. Em novembro do ano passado, Adelmo e o Sind-Saúde receberam denúncias dos funcionários de assédio moral no Bloco Cirúrgico e no CTI. Na última terça-feira (29), a direção do Sindicato se reuniu com a direção do Hospital para discutir estes problemas. Veja a matéria clicando aqui.

Assédio moral no CTI

Durante a visita, o deputado Adelmo, acompanhado das diretoras do Sindicato, Lúcia Barcelos e Neusa Freitas, e a delegada sindical, Fernanda Karina, percorreram as instalações do Hospital do Pronto Socorro. No CTI foram constatados os principais conflitos entre chefias e funcionários. Além da pressão peculiar ao atendimento no centro de tratamento, os servidores reclamam da coordenação no que diz respeito à demora no procedimento de abertura de Comunicados de Acidentes de Trabalho (CAT), a postergação de pedidos de transferência, falta de armários obrigando funcionários a lavar roupas de trabalho em casa, bem como a existência de apenas oito camas para descanso noturno, disputadas por 36 trabalhadores por turno.

Falta de profissionais

No Bloco Cirúrgico a reclamação é a falta de funcionários. Houve relatos de que, no caso de “onda vermelha” – situação em que há paciente com risco eminente de morte – funcionários são deslocados de cirurgias para prestar o atendimento. Eles também apontaram a falta de anestesistas. A diretora do sindicato, Lúcia Barcelos, contou que a diretoria da unidade prometera solucionar os problemas em novembro passado e até hoje nada foi resolvido.

Representantes do SindSaúde/MG afirmaram que a prática de assédio moral é reflexo de uma gestão truculenta que é implementada no serviço público estadual, especialmente na Fhemig. “O governo de Minas é conivente com essa situação ao blindar os agressores com medidas administrativas ineficientes e incentivar a competição dentro da estrutura estadual”, denunciou Lúcia Barcelos. Contra tal situação, os funcionários do CTI do Hospital João XXIII ameaçam fazer uma paralisação protesto na próxima semana.

 

Com informações do site do Adelmo