#GreveDaSaúde

Greve na saúde em Minas Gerais começa amanhã (07) com protesto e vigília na reunião com governo

07 11 Cartaz Assembleia Geral Greve primeiro dia

O primeiro dia de greve dos servidores do Sistema Estadual de Saúde de Minas Gerais (Fhemig, Funed, Hemominas, SES, ESP e Unimontes) vai começar com um protesto da categoria em frente ao Hospital João XXIII. Os trabalhadores pretendem chamar atenção do governo para as pautas de reivindicação e para o descaso com o setor que não consegue avançar nas negociações. Na parte da tarde, os servidores seguirão para a Cidade Administrativa onde ocorrerá uma reunião com governo para pautar as exigências do movimento grevista. São três pontos que levaram os trabalhadores a deflagra a greve: negociação imediata nos mesmos moldes da segurança, extensão da Gages para todos os trabalhadores da SES e o fim das discussões sobre Organizações Sociais na Fhemig.

Em Assembleia Geral dos trabalhadores da saúde, realizada na manhã da última segunda-feira (4/11), a categoria deliberou pela greve por tempo indeterminado a partir do dia 7 de novembro, cumprindo as 72 horas para comunicar ao governo previsto na legislação. A principal reivindicação do sindicato neste momento é a isonomia de tratamento com o setor da segurança. Isso porque em anúncio à imprensa, o governo afirmou que reconhece as perdas salariais dos servidores da segurança no percentual de 28,82% e se comprometeu a recompor.

 

Na véspera de outra Assembleia Geral da saúde, realizada no dia 21 de outubro, o governo havia sinalizado o reajuste nos termos da segurança pública, mas nenhum comunicado oficial foi feito. O Sindicato aguardou respostas do governo até o início da assembleia que determinou a greve, mas a única resposta que o governo deu foi marcar uma reunião na Cidade Administrativa para o dia 7 de novembro.

O Sindicato acredita que este é o melhor momento para que o governo apresente uma proposta que contemple os servidores da saúde e diminua a defasagem salarial. A direção do Sindicato avalia a posição do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que mudou a regra de cálculo das despesas pessoais do governo e retirou aposentados e pensionistas da metodologia. Com essa mudança, Minas Gerais sai do limite de gasto com pessoal da Lei de Responsabilidade Fiscal (49%). A LRF é historicamente utilizada como argumento para não conceder reajuste salarial. Além disso, outro cenário positivo para o ajuste de contas com funcionalismo é o pedido de antecipação de créditos do nióbio no valor de R$4,5 bilhões. O governo argumenta que com este valor, será possível regularizar o pagamento dos servidores e o 13º salário.