Governo quer dar golpe

9 de outubro de 201522 de dezembro de 2020 Imprensa

Em reunião tensa, governo tenta embaçar compromisso assumido com a redução da jornada

Tomou outro rumo a reunião que aconteceu na Cidade Administrativa nesta sexta-feira (09/10) solicitada pelo Sind-Saúde/MG para discutir a inclusão dos(as) servidores(as) da Administração Central da Fhemig na redução da jornada de trabalho dos servidores da saúde sem redução salarial. Em um clima tenso, o governo foi intransigente na exclusão de servidores e abre caminho para reação da categoria. Diretores do Sind-Saúde/MG e comissão de servidores da Fhemig cobraram novamente o compromisso do governo assumido em acordo que colocou fim a greve da Fhemig em maio deste ano. Com pouco mais de uma hora, a reunião foi suspensa. O Sindicato considerou a atitude do governo desrespeitosa e agressiva com toda a categoria.

Em falas contraditórias, os representantes do governo insistiram na exclusão da maioria dos servidores com a proposta de redução de jornada de trabalho sem redução salarial apenas para os servidores plantonistas da Fhemig, Hemominas e Unimontes. O Sind-Saúde considera que o cronograma com definição de cargos prioritários para redução poderia até ser discutido, com base na sobrecarga de trabalho, mas a garantia de redução da carga horária para todos(as) deve constar de imediato. O governo se mostrou intransigente com a proposta de redução para todos(as) servidores da saúde e não aceita garantir nem mesmo para todos(as) na Fhemig. Para os diretores do Sindicato presentes na reunião, essa postura do governo contradiz com as negociações que já estavam avançadas com a gestão da própria Fhemig.

O Sindicato voltou a dizer que, de acordo com os estudos apresentados pelo Dieese, o impacto financeiro da ampliação da jornada para diaristas e administrativos é pequeno.

A posição do governo poderá levar os(as) trabalhadores(as) a radicalizarem o movimento reivindicatório. O alerta foi dado durante a reunião que apontou o sentimento de desgaste e insatisfação vivido pelos trabalhadores(as) da Fhemig, inclusive com a pouca evolução das pautas específicas.