Governo insiste em reajuste 0

reuniao cones 007 capasite

Em reunião do CONES, secretários tentam mas não conseguem justificar zero de reajuste

Governo sinaliza possível reajuste para algumas categorias


Em reunião do Comitê de Negociação Sindical (Cones) realizada nesta sexta-feira (09), a secretária de planejamento e gestão, Renata Vilhena e o secretário da fazenda, Leonardo Colombini, insistiram para os representantes sindicais presentes que o governo não concederá nada de reajuste em 2012. Os sindicalistas reforçaram a indignação dos trabalhadores com relação à essa decisão do governo de arrochar ainda mais os salários do funcionalismo público. 

Na área da saúde, o governo tentou justificar o zero de reajuste usando o gasto com direitos trabalhistas conquistados (como adicional noturno e abono de urgência) e a gratificação complementar, que, de acordo com o Projeto de Lei 3.451/2012 em tramitação na Assembleia Legislativa, será reajustada para os profissionais da Fhemig e concedida para os profissionais da Hemominas, Funed e Hospital Universitário.

 

Possível reajuste

Para os servidores das categorias que não estão sendo contempladas com a Gratificação Complementar – que são os da SES, ESP, UEMG e campus da Unimontes – o governo sinalizou que poderá dar um reajuste, mas não será esse ano e a reunião para discutir esses pontos com o Sind-Saúde ainda não foi marcada, mas deve ser realizada em dezembro. Segundo os secretários, nessa reunião também será discutida a proposta dos trabalhadores de reestruturação do plano de carreira.

O Sind-Saúde cobra que a Gratificação Complementar seja estendida aos servidores da SES, ESP e campus da Unimontes e que o reajuste salarial seja dado a toda a categoria.

 

Projeto em tramitação não garante reajuste de salário

O Projeto de Lei 3.451/2012 trata de direitos trabalhistas (como insalubridade e abono de urgência) e de gratificação complementar – que não é incorporada ao salário e vem de recursos diferentes. O diretor do Sind-Saúde, Renato Barros, reforçou que os trabalhadores exigem que o governo de Minas cumpra a Constituição e enfim passe a investir pelo menos 12% do orçamento em saúde em 2012 e 2013, e que o investimento desse montante a mais seja amplamente discutido com os servidores, o Sind-Saúde e o Conselho Estadual de Saúde e seja também usado para valorização dos servidores públicos.

 

Política Remuneratória

Vale ressaltar que ao contrário de outros entidades e associações, o Sind-Saúde, Sindifisco, SindUte e Sindpol desde o começo foram contrários a essa política remuneratória, questionando os cálculos do governo e reforçando que ela oficializaria o arrocho salarial, que é o que de fato vem ocorrendo na prática.

 reuniao cones 009 site

 Veja o que o Sind-Saúde publicou na época da discussão e aprovação da política remuneratória:

 

08/09/2011: Governo quer diminuir limite de gastos com funcionalismo e achatar folha de pagamento

 

27/09/2011: Governo insiste em legalizar arrocho salarial

 

16/12/2011: Governo aprova política remuneratória na tentativa de calar funcionalismo