Funed não ouve trabalhadores

Atendendo à abertura do novo governo a uma gestão participativa, como outras entidades da saúde, fizemos um processo democrático de escolha dos novos diretores da Funed. Infelizmente, apesar de o governo não se opor a nenhuma sugestão, também não acatou nenhuma das indicações dos trabalhadores e colocou seus próprios nomes na direção. Até agora, apenas uma diretora eleita, da área de pesquisa, que já estava no cargo anteriormente, foi acatada e mantida.

Já estamos próximos dos 90 dias de negociações. Esperamos todos os prazos e os servidores estão ansiosos para ver as mudanças prometidas pela nova gestão. Apesar de termos conversado com alguns gestores da saúde e da Seplag, o presidente da fundação não está atendendo às demandas dos servidores e, para nossa surpresa, parece ser o principal empecilho para que as mudanças estruturais na Funed ocorram.

Estamos muito preocupados com a fundação e acreditamos que esse é um bom momento para expressarmos nossas divergências em relação à condução da entidade, principalmente no que diz respeito à conservação de vários nomes que vêm impedindo à instituição de se desenvolver e cumprir seu papel imprescindível e estratégico na assistência farmacêutica estadual, vigilância sanitária e pesquisa.
As fábricas estão paradas há vários anos e os trabalhadores já sentem no bolso a crise da baixa produtividade. O trabalhador começa a se perguntar: a quem serve que a produção fique tanto tempo parada? Por isso, convidamos os trabalhadores da Funed para estarem presentes no dia 25/03, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, momento em que o presidente da fundação será sabatinado pelos deputados estaduais, referendando seu nome para a ocupação do cargo.

Lembrando que o governo ainda não sinalizou nenhum reajuste referente ao ano passado e nem às pautas prometidas na campanha, como o plano de carreira e a redução da jornada de trabalho para 30 horas. Mesmo com a troca de partidos, ainda não vimos mudanças substanciais na forma de gerir do novo governo, portanto, alertamos os trabalhadores que precisamos nos mobilizar para que esse rombo deixado pelos tucanos não caia nas nossas costas. Não podemos aceitar um reajuste zero por dois anos seguidos.